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Zélia Duncan fala sobre a peça “TôTatiando”

Espetáculo estreia neste sábado (3), no Sesc Belenzinho

Por Adriano Conter
Atualizado em 14 Maio 2024, 11h57 - Publicado em 2 set 2011, 17h47

Após lançar o DVD “Pelo sabor do gesto – em cena” em apresentação no Auditório Ibirapuera, a cantora Zélia Duncan segue com as comemorações de seus 30 anos de carreira e estreia o monólogo “TôTatiando”, neste sábado (3), no Sesc Belenzinho.

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A intérprete se arrisca, acompanhada apenas de uma banda, nos palcos de teatro pela primeira vez. No entanto, o tema da peça lhe é muito familiar: uma homenagem ao compositor Luiz Tatit, frequentemente visitado em seu repertório.

Com direção da atriz Regina Braga, a encenação adiciona recursos cênicos às melodias de Tatit, que tem como marca brincar com a linha entre o falado e o cantado.

Em entrevista a VEJINHA.COM, Zélia conta mais sobre a representação e o próximo CD. Confira.

VEJA SÃO PAULO – A interpretação das músicas de Tati ao decorrer dos anos ajuda na confiança para começar este novo projeto?

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ZÉLIA DUNCAN – Muito. Isso foi decisivo para que eu tivesse coragem de fazer a peça. Tenho intimidade com o universo dele porque ouço há mais de 20 anos.

VEJA SÃO PAULO – Ultimamente você tem falado muito em superação, sair da zona de conforto. Não está nervosa com a estreia no teatro?

Zélia Duncan – Estou mobilizada e com medo. Mas o que falo sobre sair da zona de conforto tem a ver com os desafios, não com a falta de nervosismo e expectativa. Acontece que é um medo que não me paralisa, faço apesar dele e isso é como o prazer da montanha-russa. Você acha que vai desabar lá de cima e, quando acaba, quer voltar.

VEJA SÃO PAULO – Você diz que tem acalentado esse projeto há um bom tempo. Há quanto tempo? Como se desenvolveu a ideia?

Zélia Duncan – Alguns anos. Mas não pensei que fosse ser assim, até mais bacana do que sonhei. Um dos aspectos que mais adoro na obra do Tatit é que vira e mexe um personagem se apresenta. Gravei recentemente “Capitu”, “A Companheira” e “Felicidade”. Elas têm isso, especialmente as duas últimas. Deu vontade de ir mais fundo nesses personagens.

VEJA SÃO PAULO – Qual foi o papel de Regina Braga na peça?

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Zélia Duncan – Regina é fundamental. Sem ela, nada feito. Ela aceitou dirigir pela primeira vez, foi se entusiasmando, fez o roteiro comigo e a dramaturgia, reuniu uma equipe talentosa e comprometida. Gente incrível, como a atriz Bel Teixeira, que faz assistência, Simone Mina, diretora de arte sensacional, e Wagner Freire, excelente criador de iluminação. Eu chamei Bia Paes Leme, para a direção musical. E Webster Santos e Tercio Guimarães vão tocar. A rede de segurança é poderosa!

VEJA SÃO PAULO – Luiz Tatit participou de alguma forma? Ele já viu algum trecho da peça? Aprovou?

ZÉLIA DUNCAN – Ele está tão curioso quanto todo mundo, mas sinto que ficará feliz. Ele vai ao ensaio geral, que vai ser feito para ele.

VEJA SÃO PAULO – E a respeito do nono álbum, algo para adiantar?

ZÉLIA DUNCAN – O nono vai ser só Itamar [Assumpção]. É o último presente que vou me dar, pelos 30 anos de carreira. Já estou trabalhando em cima!

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