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Casos de violência doméstica saltam 20% em São Paulo na quarentena

Foram registrados 7 933 pedidos de socorro neste período de isolamento social pela Covid-19

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 20 abr 2020, 13h23 - Publicado em 20 abr 2020, 13h13
Violência doméstica: a medição usa como base os atendimentos realizados pela PM no Estado entre os dias 20 de março e 13 de abril de 2020 (Tumisu por Pixabay/Veja SP)
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Os pedidos de socorro emitidos de dentro de casa, envolvendo violência doméstica, tiveram um aumento de 19,8% no Estado de São Paulo desde o início do isolamento social decretado pelo governo para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus. Os dados da Secretaria de Segurança Pública foram obtidos pela Folha de S. Paulo.

A medição usa como base os atendimentos realizados pela Polícia Militar no Estado entre os dias 20 de março e 13 de abril de 2020, comparados com período semelhante no ano passado. Foram registrados 7 933 pedidos de socorro nesta quarentena, contra 6 624 no ano passado — os dados de 2019 se referem ao período entre 22 de março e 15 de abril. O governo paulista utiliza essa comparação ao incluir dados contabilizados a partir de uma sexta-feira e concluídos em uma segunda-feira, obtendo assim um perfil semelhante também de dias da semana.

Os números revelam também uma aceleração da violência doméstica nos últimos seis dias de análise. De 20 de março a 7 de abril, término da primeira etapa da quarentena decretada pela gestão João Doria (PSDB), esse tipo de atendimento registrou alta de 16,9% (de 5 076 casos para 5 933), aproximadamente três pontos percentuais menos do que agora. Excluindo os registros desta primeira etapa, o crescimento salta para 29,2%: são 2 000 casos anotados em 2020 num período de apenas seis dias, contra 1 548 num período equivalente do ano anterior.

Os dados da Secretaria de Segurança Pública, no entanto, não abrangem todos os tipos de crimes cometidos no ambiente doméstico, mas já são um bom termômetro do aumento da violência porque registram acionamentos feitos, muitas vezes, por vizinhos ou terceiros que conseguem perceber as agressões — e não necessariamente pelas vítimas. Os números da PM também são termômetros eficientes como tendência, pois atingem mesmo casos que, por motivos diversos, não chegam a ser registrados pela Polícia Civil.

Um medida adotada pela polícia para combater os casos de violência doméstica foi a alteração realizada pela Polícia Civil de São Paulo. A partir de abril, o registro de casos dessa tipo pode ser feito também pela delegacia eletrônica. O atendimento pela internet já era planejado, mas o lançamento foi antecipado por causa da pandemia do novo coronavírus. Os casos registrados pela PM como violência doméstica são todos previstos pela Lei Maria da Penha — o que inclui não só violência contra as mulheres, mas também contra crianças e adolescentes no âmbito familiar, mesmo que fora de casa.

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