Vídeo mostra funcionária dando puxões de cabelo em bebê em escola infantil
Caso aconteceu em Praia Grande, deixou moradores perplexos e gerou demissão da funcionária que aparece nas imagens
Uma bebê de um ano e dez meses de idade sofreu puxões de cabelo e um empurrão desferidos em uma escola infantil localizada em Praia Grande, no litoral paulista. O fato, divulgado inicialmente por um perfil de notícias da Baixada Santista no Facebook, gerou indignação de internautas.
+Homem amarrado a moto da PM é condenado por tráfico de drogas
Quem descobriu o que ocorreu foi a própria mãe da criança, que suspeitou quando a bebê chegou da escola com marcas no rosto e foi averiguar as câmeras da escola. Após assistir as imagens, a mulher registrou boletim de ocorrência alegando que a filha sofreu diversas agressões, o que ainda será investigado pela Polícia Civil.
O caso aconteceu no dia 15 deste mês na unidade Boqueirão da escola Paris, e gerou perplexidade na cidade da Baixada Santista.
Como resposta, a direção da unidade informou lamentar o ocorrido e classificou a atitude da mulher como inadmissível. A funcionária acabou sendo demitida por justa causa.
+Família de Naiara Azevedo é feita refém em casa; cantora publicou mensagem
O advogado que representa a família, Franco Antunes, informou que o maior objetivo da família é o de entender o que ocorreu e esclarecer o caso. Além disso, eles querem saber se a menininha foi alvo de agressões anteriormente.
O registro do caso foi feito na Delegacia de Defesa da Mulher e o boletim foi encaminhado ao 2º DP (Distrito Policial) de Praia Grande, que, até a conclusão desse texto, não havia instaurado inquérito para investigar o caso.
“Independente do que o delegado fará, haverá um processo criminal”, afirmou o defensor.
O vídeo
A Polícia Civil já está com fotos e imagens da câmara de segurança do local onde a bebê estava.
+Quem são os pré-candidatos ao governo de São Paulo nas Eleições 2022
O advogado compartilhou com a reportagem da Vejinha um trecho de seis minutos e trinta e quatro segundos da câmera de número oito do estabelecimento.
Até o primeiro minuto, é possível observar a funcionária penteando o cabelo da criança de forma delicada. Ambas estão sentadas. A mulher chega a conversar com outra adulta que está na sala e também com outras crianças que estão no local –ao total são seis que estão lá. Enquanto a bebê é penteada, as outras estão brincando perto dela.
A forma ríspida no trato com a criança começa quando a funcionária tenta colocar um elástico em seu cabelo. A menina olha para o lado e a mulher força a cabeça da criança para a frente, colocando a mão no queixo da menina.
+Doria quer retirada de barracas montadas na praça Princesa Isabel
É possível observar que a menina não consegue ficar com a cabeça fixa e olha para um coleguinha que se aproxima, o que leva a professora a puxar o seu cabelo. As imagens seguintes mostram a funcionária puxando várias vezes o cabelo da menininha e forçando o seu queixo para a frente.
Ela chega a posicionar a criança para a esquerda, de modo que ela consiga ver os seus coleguinhas. No momento em que a funcionária tenta, sem sucesso, colocar um laço na cabeça da bebê, ela se irrita, o laço se desfaz e a criança começa a chorar.
Perto do quinto minuto do vídeo, é possível ver uma adulta passando, no que parece ser uma outra funcionária. Ao final, já com o penteado finalizado, a funcionária aperta as bochechas da bebê, o que a leva a sorrir. A funcionária ainda faz cócegas na menininha, o que leva a criança a dar risadas, a mulher dá um forte abraço na criança enquanto outros bebês se aproximam.
+Pesquisa mostra que Zona Oeste tem prato feito mais caro de São Paulo
Questionado sobre essa imagem final, o advogado disse que até ele riria se alguém fizesse cócegas nele.
O que diz a escola
Em nota, a escola informou lamentar o ocorrido, disse que a conduta da funcionária foi inadequada e a demitiu por justa causa.
“Foge aos princípios e preceitos educacionais e socioemocionais, onde é totalmente inadmissível qualquer comportamento, fala ou ato que venha constranger ou se quer prejudicar o alicerce familiar de suas crianças”, informa a nota da escola sobre a conduta da cuidadora da criança.
A reportagem não conseguiu localizar a funcionária para comentar o assunto.