Vereador Thammy Miranda deixa PL após filiação de Bolsonaro ao partido
Em vídeo, político disse ter "ideias diferentes" das do presidente Jair Bolsonaro e que continuará fazendo seu trabalho independentemente de partido
O vereador Thammy Miranda, eleito pelo Partido Liberal (PL) em São Paulo, afirmou que deixará o partido após a filiação do presidente Jair Bolsonaro.
“Com a ida do presidente para o Partido Liberal, eu estou dando entrada na minha desfiliação, eu vou sair do partido. Temos ideias diferentes, já sofri ataques pessoais de membros da família do presidente, inclusive, contra o meu filho quando ele era um recém-nascido”, alegou o vereador em um vídeo postado em suas redes sociais.
Ainda segundo Thammy, seu trabalho é representar as pessoas, o que ele continuará fazendo sem se preocupar com partido.
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Bolsonaro se filiou ao PL na manhã de terça-feira (30), em cerimônia realizada na sede do partido em Brasília. O presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, e outros integrantes do governo estavam presentes.
O vereador já sofreu ataques de membros da família Bolsonaro algumas vezes. Em janeiro de 2020, o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos – RJ), um dos filhos do presidente, publicou em seu Twitter duas fotos de Thammy ao lado da esposa, Andressa Ferreira, e do filho então recém-nascido do casal, sem nenhuma legenda ou comentário. A postagem gerou desconfiança em Thammy, que exigiu explicação ao vereador.
Ainda em 2020, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) criticou a empresa Natura por campanha publicitária com Thammy Miranda para o Dia dos Pais.
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“Mulher como garoto propaganda do Dia dos Pais. Depois homem para o Dia das Mães… E quem falar o contrário já sabe né, é gado, é pessoa raivosa, discurso de ódio e fake news. Assim vão te calando e empurrando goela abaixo uma conduta totalmente atípica para padrões brasileiros”, disse.
Além de Thammy Miranda, o vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), afirmou que a filiação do presidente Jair Bolsonaro à sigla torna sua presença incompatível.
“Tenho uma divergência com a forma de governar do presidente Bolsonaro e por isso não me permito – e isso é inegociável – estar no palanque dele. Ele não será o meu candidato à presidência da República”, disse o parlamentar em entrevista ao UOL News.
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