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Vandalismo atinge Parque do Povo no Itaim

Apesar dos problemas de vandalismo logo após a inauguração, as reformas vão continuar e novas áreas de lazer serão entregues

Por Da Redação
Atualizado em 5 dez 2016, 19h30 - Publicado em 18 set 2009, 20h28

Durante mais de vinte anos, o Parque do Povo, uma área de 112.000 metros quadrados entre a Marginal Pinheiros e as avenidas Cidade Jardim, Juscelino Kubitschek e Henrique Chamma, no Itaim, foi ocupado por construções irregulares e campos de futebol de várzea. “Os estabelecimentos exploravam comercialmente o espaço público sem pagar impostos”, afirma o secretário das Subprefeituras, Andrea Matarazzo. “De povo, só tinha o nome.” Esse cenário começou a mudar em 2006, quando a prefeitura foi procurada pela construtora WTorre, proprietária de um terreno vizinho. A empresa está erguendo ali um complexo com dois prédios comerciais, um hotel e um novo Shopping Iguatemi. “Além de ponto de tráfico de drogas, era uma área degradada e violenta”, lembra o diretor superintendente, Solano Neiva. “Como implicava riscos aos usuários do nosso empreendimento, resolvemos agir para recuperá-la.”

Em junho de 2007, a construtora assinou um contrato com a administração municipal no qual se comprometeu a investir 6 milhões de reais para reformar o espaço e mantê-lo por três anos. As obras, no entanto, só começaram em novembro. Antes disso, foi necessário derrubar algumas liminares na Justiça que mantinham as ocupações irregulares. O novo parque tem três quadras poliesportivas, trilhas e pistas de ciclismo e de caminhada. Há, também, um setor com aparelhos de ginástica para a terceira idade. Até agora, cerca de 50% das 1200 árvores previstas, entre elas jabuticabeiras, goiabeiras, jaqueiras, palmeiras e ipês, foram plantadas. Apesar de nova, a área já foi atacada por vândalos. A maleta de bronze da estátua Homem na Chuva, da artista plástica Christina Motta, desapareceu em 20 de setembro, oito dias antes da inauguração. Para a abertura, a prefeitura colocou uma nova no lugar, de resina e fibra. Mas não durou muito. No fim do mês passado, ela foi destruída. Não há previsão de quando a obra será restaurada.

No mês que vem devem surgir mais novidades, como os três playgrounds divididos por faixa etária e circundados por um bosque de trepadeiras. Outra atração será o Jardim dos Sentidos, voltado a deficientes físicos. Trata-se de um labirinto formado por cinco árvores agradáveis ao tato, caso da cortiça e ao olfato como a canela. Um sistema de iluminação especial, com 375 luminárias e projetores, permitirá que o horário de fechamento seja estendido das 19 para as 22 horas. “Nossa idéia é transformá-lo, em breve, no primeiro parque 24 horas da América Latina”, diz Solano Neiva.

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