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USP prevê gastar 983 milhões de reais além do orçamento em 2015

Só os salários de professores e funcionários devem consumir 5,1 bilhões no próximo ano, o que corresponde a 105% do dinheiro respassado pelo estado

Por Veja São Paulo
Atualizado em 5 dez 2016, 13h49 - Publicado em 16 nov 2014, 11h41
Marco Antonio Zago - terraco 2357
Marco Antonio Zago - terraco 2357 (Rodrigo Dionisio / Frame/)
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A Universidade de São Paulo (USP) estima um déficit de 983 milhões para o próximo ano. O cálculo foi feito pela Comissão de Orçamento e Patrimônio (COP) da instituição e integra a proposta de diretrizes orçamentárias para 2015. O levantamento será submetido à aprovação do Conselho Universitário (CO), órgão máximo da USP, nesta terça-feira (18).

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Desse total, a COP espera que 845,2 milhões sejam de déficit com a folha de pagamento, custeios e investimentos e 137,8 milhões de dívidas a pagar a credores e de anos anteriores. As despesas excedem a expectativa de repasses do estado, estimados no valor de 4,8 bilhões para 2015. A proposta da COP indica que, mesmo com os recursos oriundos de outras fontes, a USP terá de usar de novo suas reservas.

Para 2015, espera-se que sejam retirados 824 milhões da poupança da universidade – esse valor corresponde a quase metade de toda a reserva da USP. A quantia não é equivalente ao déficit total previsto, porque a COP estima uma receita financeira de 159 milhões obtidos para as reservas.

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A previsão de prejuízo, contudo, é menor do que a registrada em 2014, que ultrapassa 1 bilhão. A proposta de diretrizes orçamentárias aponta um cenário de evolução no orçamento até o ano de 2018, mas em “posição de fragilidade financeira preocupante”, segundo o documento.

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A reitoria da USP informou que só se pronunciará sobre a proposta de diretrizes após a reunião do CO, uma vez que não é um levantamento definitivo do orçamento de 2015. Só os gastos com pessoal (ativos e inativos) devem ultrapassar 5,1 bilhões no ano que vem, valor correspondente a 105% da expectativa de repasse do tesouro do estado.

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Uma das medidas tomadas pela universidade para contornar a crise foi um plano de demissão voluntária (PDV) de servidores técnico-administrativos. A proposta já foi assinada pelo reitor da USP, Marco Antonio Zago, e deve ser implementada nos próximos dias. Com a medida, a reitoria prevê a aposentadoria antecipada de 1 700  funcionários com idade entre 55 e 67 anos.

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Salários

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, uma decisão do Superior Tribunal Federal (STF) pode obrigar a USP a cortar salários de 1 972 servidores que estão acima do teto do estado, de 20 662 reais mensais, valor recebido pelo governador Geraldo Alckimin.

Com base em uma ação na justiça, o jornal teve acesso à folha de pagamento da universidade. O salário mais alto pago pela USP é de 60 248 reais, a um professor aposentado do Instituto de Psicologia. O reitor da USP, professor Marco Antonio Zago, recebe 28 900 reais mensais.

(Com Estadão Conteúdo)

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