Arquiteto dos paulistanos abonados, Ugo di Pace, 71 anos, saiu de Nápoles para morar em São Paulo há meio século. Gosta de contar que veio “atrás das mulheres mais bonitas do mundo”, como um amigo lhe informara na época. Encontrou aqui a que considera seu grande amor, Vera, com quem está casado desde a década de 70. Mais que isso, descobriu uma clientela fiel às criações que saem de sua prancheta.
Luxo é para todos? Claro. Não é questão de preço, mas de gosto.
O que é luxo para você?
Ter sensibilidade, acesso a informação e cultura. E ser gentil.
Uma grife: homem elegante não ostenta marcas.
Qual foi a sua última compra?
Uma gravura de Picasso, em Nova York.
Quanto pagou?
Prefiro não contar.
Tem alguma roupa de estimação?
Não, só minha coleção de arte.
Que grandes artistas integram a sua coleção?
Gian Lorenzo Bernini, Candido Portinari, Di Cavalcanti, Fernand Léger e Goya.
O lugar mais chique da cidade: o restaurante La Tambouille.
Não pode faltar no seu closet: calça jeans bem passada, com vinco.
A cidade mais chique do mundo: Milão.
Marca registrada: meus óculos. Comprei há trinta anos, em Paris.
Um perfume: L’Eau d’Issey, de Issey Miyake.
O look perfeito: para a noite, terno escuro bem cortado e camisa branca.
O presente mais caro que deu a uma namorada: um pingente
de diamante Van Cleef. Dei à Vera quando começamos a namorar.
Onde compra os seus sapatos?
Faço sob medida, em São Paulo, com o Busso, o melhor sapateiro do mundo.
Como define o seu estilo?
Estilo Ugo di Pace.