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Três perguntas para… Eriberto Leão

Ator está em cartaz no Sesc Consolação com a peça “A Mecânica das Borboletas”

Por Dirceu Alves Jr.
Atualizado em 5 dez 2016, 17h15 - Publicado em 14 abr 2012, 00h50

Nascido em São José dos Campos, o ator Eriberto Leão, de 39 anos, começa a gravar a novela “Guerra dos Sexos” em julho. Até lá, ele se dedica integralmente aos palcos. No drama “A Mecânica das Borboletas”, em cartaz no Teatro Anchieta, do Sesc Consolação, ele faz uma volta ao passado que remete a sua própria história.

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VEJA SÃO PAULO — Além da novela “Insensato Coração”, o ano de 2011 trouxe para você duas transformações pessoais, com a morte de seu pai e o nascimento do seu filho. Existe algum reflexo no atual trabalho?

Eriberto Leão — De certa forma, eu também retomo o quilômetro zero da minha vida. Interpreto um escritor beatnik que abandona a família e volta ao seu encontro vinte anos depois. A estreia estava marcada para a sexta (13), um dia depois de fechar um ano da morte do meu pai (o empresário Eriberto Monteiro). Foi nesse teatro, em 1991, que pisei em uma coxia pela primeira vez, como contrarregra da peça “A Vida É Sonho”, estrelada por Regina Duarte e produzida por meu pai. Depois disso, decidi estudar na Escola de Teatro Célia Helena.

VEJA SÃO PAULO — Há também uma forte ligação sua com os escritores da geração beatnik e o rock, não?

Eriberto Leão — Meu interesse pela literatura despertou por causa do rock. Descobri os livros de Allen Ginsberg e Jack Kerouac porque Bob Dylan, os Beatles e Jim Morrison os liam. Essa geração estava em uma busca espiritual. Vou interpretar Jim Morrison em 2013. Será um monólogo musical, com banda, no qual vou dramatizar sua história e cantar seus sucessos. Teatro precisa ser 100% e isso só é possível quando se faz algo em que se acredita. Nessa busca a gente atrai personagens ligados ao nosso universo.

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VEJA SÃO PAULO — Você nasceu no interior, cresceu na capital e mora no Rio de Janeiro. Ainda mantém raízes em São Paulo?

Eriberto Leão — Minha família toda vive por aqui, mas sou completamente radicado no Rio. Por lá, minha carreira decolou, fiz meus melhores amigos, casei, tive meu filho João. Gosto do ritmo de vida da cidade. Cresci na região de Perdizes, estudei no Colégio Objetivo, cursei administração na Faap em paralelo à Escola de Arte Dramática (EAD), mas foi no Rio que me encontrei.

 

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