Construídos e escondidos, confira três arcos paulistanos
Contornando grandes avenidas ou em ruas de bairros, eles passam desapercebidos pela cidade
![](https://vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2018/12/RUAVELOSOGUERRA_3.JPG.jpg?quality=70&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
Construídos para preencher desníveis entre dois ou mais terrenos, muros de arrimo podem ser encontrados por toda a cidade. o mais famoso deles, com 21 módulos, é conhecido como “Arcos do Jânio”, alvo de uma polêmica recente após passar cinquenta anos escondido atrás de casarões e cortiços. Conheça a história deste e de outros dois arcos menos famosos da capital.
![Arcos da Rua Velloso Guerra](https://vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2018/12/RUAVELOSOGUERRA_3.JPG.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
Arcos da Rua Veloso Guerra, na Bela Vista
Praticamente escondida atrás de quinze casas construídas a partir de 1930, a obra separa a via da rua dos Franceses. seus arcos, feitos de tijolos, foram erguidos na década de 20 e estão bem conservados. Não há dados oficiais no Conpresp. Mais alto do que o “primo famoso”, o muro possui cerca de 20 metros de altura e pelo menos quarenta arcos, distribuídos em trios sobrepostos, separados por colunas. Por cima há um segundo muro, mais novo, feito de concreto e para abrigar as garagens de um prédio.
![Arcos da 23 de maio](https://vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2018/12/AV23DEMAIO_5.JPG.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
Arcos enterrados na Avenida 23 de Maio
Localizada no sentido santana da movimentada via, logo após o Viaduto Beneficência Portuguesa, a parte desenterrada de um muro com arcos se assemelha a portas de túmulos. Fechada com os mesmos tijolos que ornamentam as colunas, a construção não tem data e possui alguns buracos, talvez feitos por curiosos em saber o que há do outro lado.
![Arcos do Jânio](https://vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2018/12/Doria_Arco_023.jpg.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
Arcos do Jânio
Com 11 metros no ponto mais alto, a construção separa as ruas assembleia e Jandaia, perto da avenida 23 de Maio. a obra começou em 1908 e terminou cinco anos depois. A partir de 1930, a faixa de terreno à frente passou a ser ocupada por casarões, degradados ao longo dos anos. Em 1987, o então prefeito, Jânio Quadros, determinou a demolição das residências. Assim, os hoje famosos arcos foram redescobertos e entregues à cidade. Em 2015, Fernando Haddad liberou a pintura de grafites nos módulos. dois anos depois, João Doria alegou má conservação das obras e determinou sua pintura original, conforme tombamento, de 2002, definido pelo conselho do patrimônio municipal (Conpresp).