Trabalho de buscas em edifício que desabou entra no sétimo dia
A previsão é de que os trabalhos durem mais cinco dias
As buscas por desaparecidos após o desabamento do Edifício Wilton Paes de Almeida, no centro da cidade de São Paulo, entraram no sétimo dia esta segunda-feira (7). Em uma semana, pelo menos 1 500 toneladas de entulho já foram retiradas do local. A previsão é de que os trabalhos durem mais cinco dias.
Nesta segunda-feira, após retirarem os entulhos das bordas, continuam trabalhando na área quarenta bombeiros, com cães farejadores e máquinas, que atuam na área central dos escombros. “Lá do meio foram retiradas todas as lajes que estavam na parte do 6° pavimento para cima. Agora, está bastante limpo o terreno e conseguimos visualizar as fundações dos pilares. Vamos começar a acessar os pontos onde acreditamos que possa ter células de sobrevivência”, explica o capitão do Corpo de Bombeiros, Marcos Palumbo.
Na tarde de domingo (6), uma arcada dentária e partes de um rosto foram encontradas no local. Segundo os bombeiros, a principal hipótese é de que seja de Ricardo Oliveira Galvão Pinheiro, o rapaz que caiu após tentativa de salvamento. Restos mortais de Pinheiro já haviam sido retiradas dos escombros na sexta-feira (4).
Começam nesta segunda-feira as vistorias a 69 ocupações na cidade. Do total, 48 ficam na região central e ao menos treze estão em imóveis tombados pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp).
As vistorias envolverão a Defesa Civil, secretarias municipais e movimentos por moradias, dentre outros órgãos. A ideia inicial é montar cinco grupos de trabalho para dar celeridade ao processo.