Audições para o musical ‘Thriller Live’ ocorrem em clima de reality show
Espetáculo que homenageia Michael Jackson está em cartaz no Credicard Hall
Tributo a Michael Jackson, o musical inglês Thriller Live ganha sua primeira produção internacional no Brasil, em cartaz no Credicard Hall. “O Brasil era um lugar muito importante para o Michael”, comenta Adrian Grant, criador do show e amigo de Michael, que veio para cá ajudar nas audições.
A escolha foi digna de reality show, com direito a choro no final – tanto dos que ganharam quanto dos que não foram chamados. Cerca de 700 cantores e dançarinos se inscreveram para participar do espetáculo, número considerável já que os testes foram divulgados apenas nas redes sociais. Durante as audições, além de Grant, também participaram o diretor inglês Gary Lloyd, que comandará a produção nacional, e sua coreógrafa assistente, Jo Dyce.
Dos mais de 300 candidatos a dançarinos, apenas 16 foram escolhidos para participar do show, que terá em torno de duas horas e meia. “Já que não tivemos a chance de dançar com o Michael, pelo menos podemos fazer uma homenagem a ele”, relata emocionado o dançarino Thiago Vianna, após saber que foi um dos selecionados.
Os dançarinos precisaram apresentar repetidas vezes duas coreografias, de 30 segundos cada, para as músicas “Jam” e “Rock With You” – que aprenderam na véspera. “Vim treinando no metrô no caminho para cá”, conta Félix Pimenta, que mora em Ribeirão Pires e demorou cerca de uma hora e meia para chegar ao local.
Na sala de espera, os nervos tomavam conta dos competidores, que treinavam concentrados para não esquecer nenhum passo. Os erros, no entanto, ocorreram e houve momentos em que Jo precisou sair da sala para repassar alguns movimentos, que muitos dançarinos não conseguiam acertar.
Apesar dos deslizes, a escolha foi bem difícil – para a surpresa de Grant e Lloyd. Eles não esperavam encontrar aqui os talentos que viram. Os concorrentes não possuíam muita técnica em sua dança, mas compensavam com uma apresentação impactante, feita com paixão. “Não vai ser uma tarefa fácil”, afirmou Lloyd, antes de entrar em uma das sala do Espaço 10X21, em Perdizes, onde se deram as audições.
O musical foi criado em 2006, cerca de três anos antes da morte do Rei do Pop, e não é bem um show cover, mas um tributo. Desde sua estreia, além de ser exibido em Londres, o espetáculo já fez turnê pela Europa e passou por países como China, Singapura e África do Sul.