The Orleans privilegia programação ao vivo e tem boa decoração
Instalado na Vila Madalena, estabelecimento lembra o Bourbon Street, em Moema
Guardadas as devidas proporções, é difícil chegar ao novo The Orleans, na Vila Madalena, e não se lembrar do Bourbon Street, emblemática casa de shows de Moema. Ambos evocam o clima de Nova Orleans, têm foco nas apresentações ao vivo e decoração inspirada no mundo da música.
Um olhar mais minucioso, no entanto, evidencia as diferenças. No caso do The Orleans, instalado numa bonita construção de tijolinhos aparentes, as referências são mais abrangentes. Podem-se encontrar nas paredes imagens que vão dos tarimbados B.B. King e Louis Armstrong às caretas do cantor Iggy Pop. Sobrou espaço ainda para encaixar uma moto Harley-Davidson, ano 1977. Nomes do jazz, blues e rock norteiam a agenda musical, pela qual já passaram Miranda Kassin (cover de Amy Winehouse), Tony Gordon e Brothers of Brazil, projeto dos irmãos Supla e João Suplicy. Uma das atrações desta semana é o cantor americano de jazz e blues J.J. Jackson, que se apresenta na sexta (4). Apesar do palco bacana, capaz de acomodar um sexteto, algumas mesas são castigadas pela vista nula ou parcial.
Coquetel típico de Nova Orleans, o mint julep (bourbon, hortelã, açúcar e club soda; R$ 17,50) estava com paladar cítrico demais no dia da visita. Prefira um chope (Brahma, R$ 5,20; Stella Artois, R$ 6,80), tirado nos conformes, ou um dos trinta rótulos da carta de vinhos, que lista também tintos e brancos em garrafinhas de 187 mililitros, como o argentino Álamos Malbec (R$ 20,00).
O variado cardápio equilibra-se entre pratos e petiscos. Uma das muitas frituras, o bolinho de risoto empanado com pedacinhos de pistache (R$ 22,00 a porção) carece de sabor. Agradam mais os mini-hambúrgueres com queijo prato e tomate (R$ 24,00; três unidades). O serviço, confuso, é um item a melhorar. Espaçoso, o fumódromo evita aglomeração e barulho na calçada.
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