De Carmem Miranda a Fidel Castro: hotéis que receberam famosos
Livro resgata 150 anos da hotelaria na capital e recorda onde hóspedes ilustres dormiram por aqui
O visitante que desembarca hoje em São Paulo para uma temporada tem 410 hotéis e 42 000 quartos à sua disposição, segundo dados da SPTuris. Em 1857, havia apenas cinco estabelecimentos do tipo. Detalhes curiosos da trajetória do setor estão no recém-lançado livro Hotelaria e Desenvolvimento Urbano em São Paulo: 150 Anos de História (Editora Azulsol; 128 páginas; 130 reais), do engenheiro Caio Calfat.
Se hoje os famosos escolhem locais como Fasano e Emiliano, nos Jardins, na primeira metade do século XX eles ficavam no centro. O Esplanada, que funcionou entre 1923 e 1957, ficou conhecido como o “hotel dos artistas”. Localizada atrás do Municipal, a construção com 250 quartos recebia nomes como Carmen Miranda e Sílvio Caldas durante os anos 40. Uma passagem subterrânea levava os astros direto ao teatro.
Aberto em 1946 na Praça da Bandeira, o Hotel São Paulo chegou a hospedar o presidente francês Charles de Gaulle, em 1964. Quatro anos depois, a rainha Elizabeth II, da Inglaterra, preferiu o Othon Palace, que se manteve ativo na Praça do Patriarca entre 1962 e 2008. Mas nenhum desbanca o Hotel Jaraguá na lista de celebridades. Já assinaram seu livro de hóspedes o presidente americano John Kennedy, o ditador cubano Fidel Castro, o cosmonauta russo Yuri Gagarin e a atriz italiana Sophia Loren. Inaugurado em 1954, ainda está em funcionamento na Rua Major Quedinho.