Aos 83 anos, paulistano faz sucesso na web com strudel caseiro
O aposentado começou a vender a receita austríaca para pagar o plano de saúde
Há cerca de um ano, após a demissão da filha mais jovem, Dorival Bentivegna, de 83 anos, precisou se reinventar para dar conta da mensalidade de 2000 reais dos planos de saúde dele e da esposa. A aposentadoria de um pouco mais de um salário mínimo não daria conta. Assim, decidiu colocar em prática seus dotes culinários e passou a vender strudel, um doce folhado de origem austríaca com recheio de banana e maçã, acompanhado, se o cliente quiser, de canela e passas.
A história do senhor foi postada nas redes sociais e começou a render novas encomendas. No começo, eram dois pedidos por semana. Hoje, são cerca de cinquenta. “Tem muita gente falando comigo, até do exterior”, comemora. Um dos relatos sobre a receita, publicado do começo do mês no Facebook, passa das 30 000 curtidas e dos 24 000 compartilhamentos.
Dorival aprendeu a fazer o doce há mais de trinta anos, quando trabalhava em uma loja de alimentos e bebidas importados. A guloseima fazia sucesso entre os familiares, que agora ajudam na linha de produção. Os trabalhos começam pouco depois das 6 da manhã e vão até as 10 da noite. “Quando vou dormir, sonho com strudel”, diverte-se.
Para comprar o doce, é preciso encomendá-lo via WhatsApp, pelo número (11) 999571-9128, ou pela página do Facebook. São dois tamanhos: o baby (23 x 10 centímetros), por 50 reais, ou o familiar (45 x 10 centímetros), por 80 reais. Há fila de espera de cinquenta pessoas, mas em três ou quatro dias dá para receber a encomenda, que deve ser retirada nas proximidades do metrô Butantã, onde Dorival mora.
Também existe a opção de comprar na Praça da República, aos domingos, quando a família participa de uma feirinha no pedaço. A barraca fica em frente à agência do Banco Santander. Além do strudel, que sai por 10 reais a fatia, o clã também vende pavê, canolli, tiramisu, entre outas sobremesas. A barraca fica montada das 9h às 17h.