Festival Internacional Sesc de Circo reúne artistas de 19 países
Serão cerca de 100 atividades, entre espetáculos, intervenções, oficinas e debates
A nova edição do Circos — Festival Internacional Sesc de Circo, que acontece entre os dias 16 e 25 deste mês, trará um cardápio que mira o público adulto, abordando temas como machismo, sustentabilidade, discussão de gênero, violência e homoafetividade. Dos 21 espetáculos previstos, apenas cinco são específicos para o público infantil. “O enfoque deste ano foi para espetáculos que dialoguem com a sociedade atual”, diz Marina Zan, assistente da Gerência de Ação Cultural do Sesc São Paulo e uma das curadoras. Esta será a sétima edição do evento. Ele oferecerá cerca de sessenta sessões de espetáculos em treze unidades do Sesc, sendo doze na capital e uma em Guarulhos. Além das montagens, serão feitas vinte intervenções por vários pontos de São Paulo e outras cerca de vinte atividades formativas como oficinas, lançamentos de livros e rodas de conversa. Artistas de dezenove países estarão representados. Será a primeira vez que companhias africanas se apresentam no evento. Quem abre o festival, no dia 16, é a Circus Baobab, da Guiné, com o espetáculo Yé! – Água. (foto abaixo) Trazendo como pano de fundo a disputa pela água, a coreografia dos artistas é baseada em acrobacias coletivas. Segundo Marina, tratase de uma narrativa muito improvável de ser encenada em montagens ocidentais de circo, mais alinhadas às influências europeias.
O Continente Africano também terá outro representante, a Cia Afuma, do Togo. A trupe apresentará a montagem Edukikan — Coração Valente. (foto abaixo) Os integrantes desenvolvem os seus movimentos cênicos em pernas de pau a 5 metros de altura, o triplo da média usada por artistas que se valem da mesma técnica. Uma das apresentações do grupo será ao final do festival, participando de um cortejo na Avenida Paulista, que ainda terá grupos brasileiros trazendo números de malabarismo, pirofagia, perna de pau e de pau e palhaçaria.
Outra novidade vem da Hungria, com a Cia Recirquel. (foto abaixo) A montagem Solus Amor mescla circo a elementos de dança clássica e moderna. Nela, o grupo apresenta cenas de acrobacia, equilíbrio e também força capilar.
Do Brasil, um dos destaques é o espetáculo King Kong Fran, sucesso de público no Rio de Janeiro. Programação completa em https:// circos.sescsp.org.br/
Publicado em VEJA São Paulo de 14 de junho de 2023, edição nº 2845