Site de Transparência do Tribunal de Justiça está em pane há um mês

Página abriga informações sobre salários e benefícios de desembargadores e juízes; órgão não se manifesta a respeito do problema

Por Ricardo Chapola
Atualizado em 22 mar 2019, 11h06 - Publicado em 21 mar 2019, 17h37

O cidadão que tentar fazer uma pesquisa no portal da transparência do Tribunal de Justiça de São Paulo nesta quinta-feira (21) vai dar com a cara na parede.

Isto porque o site que deveria divulgar dados públicos sobre o tribunal está fora do ar há mais de um mês. É lá onde ficam hospedados para consulta de qualquer um informações como o salário de todos os seus servidores, inclusive o dos magistrados paulistas. A página também abriga dados referentes aos inúmeros benefícios recebidos por juízes e desembargadores e que fazem a maioria deles receber bem mais do que é permitido pela Constituição.

Nenhum magistrado pode ter um salário maior do que o de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Trata-se do chamado teto constitucional que, neste caso, é de 33.700 reais. Grande parte da magistratura respeita o teto, pois seus salários não ultrapassam esse valor. Acabam estourando ao recebem os vários auxílios e benefícios previstos na Lei Orgânica da Magistratura.

A reportagem tenta acessar o site desde a semana passada e, em todas as vezes, se deparou com a seguinte mensagem: “ERRO! Um erro inesperado ocorreu. Tente novamente, caso o erro persista, contate o administrador do sistema. ()”

O defeito no portal da Transparência do TJ-SP é geral. Um funcionário do tribunal que conversou com a reportagem disse que não consegue acessar a página desde fevereiro.

Em nota, a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça informou que a área técnica da Corte detectou um erro na página quando ela é acessa pelo Google. “Quando o usuário faz a pesquisa pelo Google, o endereço web é indexado pelo robô com o protocolo HTTPS, ocasionando o erro”, diz o texto. “A correção foi realizada e a pesquisa está funcionando para os dois protocolos (HTTP E HTTPS)”.