Sírios em São Paulo: a vida após o visto
A guerra civil já fez 4 milhões de refugiados. O Brasil concedeu asilo a 2 077 desde 2011
De acordo com o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), o Brasil acolhe mais de 7 000 refugiados reconhecidos, de 81 nacionalidades. No ano passado, o órgão contabilizou mais de 8 000 novas solicitações, sendo a maior parte de São Paulo. Os sírios compõem o grupo mais numeroso: são 2 077 registrados desde 2011. Acima, algumas dessas histórias.
COMO AJUDAR
ABRAÇO CULTURAL
Com o intuito de inserir os refugiados no mercado de trabalho, a Atados, plataforma social de voluntariado, lançou cursos de idiomas ministrado por imigrantes em situação de refúgio. Mais de trinta docentes estão à frente das aulas de inglês, francês, espanhol e árabe com foco em cultura africana, latina e islâmica. Cada refugiado recebe 50 reais por hora como professor, o que resulta em uma contribuição mensal de pelo menos 1 000 reais. O engenheiro mecânico sírio Talal Al-tinawi, que arrecada recursos para abrir um restaurante via financiamento coletivo, está entre os professores.
O projeto recebe doações por transferência bancária. Os dados da conta do Atados são os seguintes: Banco Itaú, agência 0185 e conta corrente 18912-3. O CNPJ é: 18.110.558/0001-95.
AGÊNCIA DA ONU PARA REFUGIADOS (ACNUR)
Cuida de refugiados em diversos países, fornecendo abrigo, água, saneamento e assistência médica. De acordo com a organização, no ano passado, 1,7 milhão de refugiados receberam ajuda alimentícia, 350 000 crianças foram matriculadas na escola e mais de 400 000 pessoas receberam abrigo em campos.
É possível fazer doações mensais ou pontuais. No site, há sugestões de cifras: 45 reais comprariam tapetes sintéticos para duas famílias, evitando que dormissem no chão; com 165 reais, poderiam ser fornecidos cobertores térmicos; e 1 150 reais seriam suficientes para uma tenda.
CARITAS ARQUIDIOCESANO SÃO PAULO
É parte da Rede Caritas Internationalis, organismo da igreja católica presente em 200 países e territórios. Atua em quatro frentes principais: assitência social, proteção jurídica, integração (cursos profissionalizantes e ajuda para buscar empregos) e saúde mental (apoio psiquiátrico e psicológico).
O interessado em ser um voluntário deve enviar uma carta de motivação mais o currículo para casp.refugiados@uol.com.br. O ideal é ter domínio de outros idiomas, como inglês e francês. Doações em dinheiro devem ser feitas pelo site, via PagSeguro.
INSTITUTO DE REINTEGRAÇÃO DO REFUGIADO (ADUS)
Criado cinco anos atrás, ganhou sede própria em janeiro. O espaço no centro é usado para fazer os atendimentos iniciais de novos refugiados, além de acolher aulas de português e qualificação em informática. As sessões de apoio psicológico e acupuntura também são feitas ali. Atualmente, atende diretamente 550 pessoas e depende exclusivamente de doações para se manter ativa. Também recebe voluntários para acompanhar o desenvolvimento de um refugiado.
As doações são feitas no próprio site do instituto, via Paypal ou boleto bancário. Elas podem ser pontuais, de qualquer valor, ou mensais. Neste caso, as parcelas são fixadas em 20, 50, 100 ou 200 reais.
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MISSÃO PAZ
A organização mantém a Casa do Migrante, no centro. Lá, cerca de 100 refugiados recebem alojamento, refeições e roupas, além de orientação para cursos profissionalizantes.
Neste momento, necessita principalmente de doações de leite em pó e fraldas para as famílias atendidas. Quem preferir contribuir com alguma quantia em dinheiro, pode fazer uma transferência para a conta da instituição. Os dados bancários estão disponíveis no site. Para mais informações, ligue para (11) 3340-6950 ou entre em contato pelo e-mail contato@missaonspaz.org.