Refugiado sírio consegue arrecadar dinheiro para abrir restaurante
Talal Al-Tinawi está desde 2013 em São Paulo e vende comida sob encomenda
Desde dezembro de 2013 em São Paulo, o engenheiro Talal Al-Tinawi e sua família fazem salgados, pratos e sobremesas por encomenda em seu apartamento no Brás. Até então, os clientes precisavam buscar os quitutes no local.
No entanto, o refugiado sírio vai expandir o negocio: com o apoio do Instituto de Reintegração do Refugiado (Adus), ele conseguiu dinheiro para abrir um restaurante em São Paulo. A meta de 60 000 reais de um crowdfunding foi atingida na tarde desta segunda (21), último dia da campanha.
Semanas antes de chegar ao Brasil com a mulher e três filhos, Al-Tinawi havia sido libertado de um período de três meses na prisão. Ele teria sido confundido com um oponente do presidente Bashar Al-Assad.
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Após o susto, o engenheiro mecânico deixou sua casa e bens de lado em Damasco, capital da Síria, para se estabelecer na capital paulista. “Percebi que é uma cidade acolhedora e que gosta de gastronomia. Comecei a vender comida síria por encomenda”, contou em suas redes sociais.
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Em 2015, participou de vários eventos, entre eles, Festa do Imigrante, Bazar da Adus e Curso de Culinária Síria, entre outros. “As encomendas cresceram bastante, o que me motivou a seguir um grande sonho de montar um restaurante”, relatou.
Visto
O Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) aprovou nesta segunda-feira (21) uma resolução que prorroga até 2017 o prazo de concessão de visto especial para cidadãos da Síria. A decisão do Conare, vinculado ao Ministério da Justiça, ocorre dois dias antes de expirar uma primeira determinação, de 2013, que estabeleceu a concessão de vistos para afetados pelo conflito sírio. (Com Estadão Conteúdo)