Silvio Santos, o patrão na berlinda
Depois de todos os problemas do Banco PanAmericano, o dono do SBT encerra o ano como a personalidade mais admirada no Brasil
Silvio Santos pretendia se aposentar da televisão em 2011, meio século depois de iniciar a carreira artística. Adiou o pijama após a descoberta de sucessivas fraudes dos executivos do Banco PanAmericano, uma de suas empresas. O rombo de estimados 2,5 bilhões de reais, descobriu-se mais tarde, era ainda maior: 4,3 bilhões de reais — muitíssimo dinheiro mesmo para quem tem costume de arremessar cédulas em formato de aviãozinho a suas colegas de trabalho.
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Chegou-se a falar em venda do SBT, o mais célebre pedaço do império construído pelo apresentador e empresário, hipótese que deixou de ser comentada depois de janeiro, quando Silvio vendeu o PanAmericano. O comprador foi o banco BTG Pactual, que assumiu a dívida em troca de 51% das ações com direito a voto e terá dezessete anos para pagá-la.
O empresário também vendeu as 121 lojas do Baú da Felicidade à rede Magazine Luiza por 83 milhões de reais. Toda essa crise, no entanto, parece não ter afetado tanto a imagem de um dos maiores ídolos nacionais. Segundo pesquisa divulgada em dezembro pelo site da revista Forbes, Silvio Santos é a personalidade mais admirada no Brasil.