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Marca de moda criada no Bom Retiro deve atingir 770 mi em vendas no ano

Fundada por filhos de imigrantes poloneses, a Shoulder tem planos ambiciosos de chegar a 100 lojas e se tornar uma plataforma de moda

Por Mattheus Goto
Atualizado em 11 ago 2023, 15h45 - Publicado em 11 ago 2023, 06h00
Monique Majtlis, na fábrica da Shoulder
Monique Majtlis, na fábrica da Shoulder (Alexandre Battibugli/Veja SP)
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Ao caminhar pela fábrica da Shoulder, no Bom Retiro, Monique Majtlis cumprimenta cada funcionário pelo nome. Sócia e diretora de criação da marca de moda feminina, ela procura manter o clima familiar dos tempos em que os pais fundaram o negócio, 43 anos atrás.

Nos bastidores, porém, ao lado do irmão, Beny Majtlis, que atua como CEO, a executiva trabalha para repaginar a empresa — que começa a ganhar ares de um gigante do varejo.

+ Irmãos do Bom Retiro expandem marca de roupas e terão loja no Morumbi

Centro de produção da Shoulder, onde roupas são passadas.
Centro de produção da Shoulder, onde roupas são passadas. (Alexandre Battibugli/Veja SP)

Neste ano, a Shoulder deve somar vendas de 770 milhões de reais, alta de 30% em relação ao ano passado e o dobro de 2019. O número a colocaria entre as 25 maiores marcas de moda do país, de acordo com Jean Paul Rebetez, sócio-fundador da Gouvêa Consulting, especializada em consumo e varejo. “Se confirmado (o faturamento), é um belíssimo número”, ele avalia.

O negócio surgiu pelas mãos de Helio Majtlis, filho de judeus poloneses refugiados da II Guerra. Ele chegou ao Bom Retiro em 1980 e, ao lado da esposa, também de origem polonesa, abriu uma fábrica de roupas femininas de alfaiataria na Rua Júlio Conceição. Empregava algumas dezenas de funcionários — hoje, são mais de 1 400.

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Fábrica original da Shoulder.
Fábrica original da Shoulder. (Arquivo pessoal/Divulgação)

Em 2014, os filhos assumiram o comando e a fábrica se mudou para um prédio maior, na Rua Anhaia, a três quarteirões dali. “É um bairro acolhedor, uma mistura única de imigrantes coreanos, gregos e bolivianos…”, diz Monique. “Gosto de andar pelas ruas e passar por onde minha avó morava, pela sinagoga que frequentávamos”, ela conta.

Mas os planos vão bem além do Centro da cidade. Com 77 lojas pelo país — a mais recente em Manaus —, a Shoulder tem a meta de chegar a 100 unidades em 2026.

Em setembro passado, fez o primeiro investimento em outra marca: investiu na Oriba, de moda masculina, o montante de 18 milhões de reais. Beny, o CEO, admite que cogita lançar ações na bolsa. Nada mal para a moda made in Bom Retiro.

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