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Shopping Cidade Jardim inaugura ala com 38 grifes mais acessíveis

Marcas como Arezzo, M. Officer, Colcci, Mercearia, VR, Crawford, Siberian e Hering, começam a aparecer no centro de compras da Marginal Pinheiros

Por Giovana Romani
Atualizado em 5 dez 2016, 18h50 - Publicado em 23 abr 2010, 21h54

Em um dia de semana, bolsas Gucci e Balenciaga circulam tranquilamente pelos arejados corredores do Shopping Cidade Jardim. O movimento está longe de ser intenso em um dos templos de consumo mais luxuosos da cidade. Lenços Hermès, vestidos Chanel e joias Tiffany cintilam nas vitrines para poucos e bons compradores — cerca de 15 000 pessoas passam pelo shopping diariamente, um terço da frequência do seu concorrente Iguatemi. “O sucesso não se mede exclusivamente pelo fluxo”, diz Malu Pucci, superintendente do Cidade Jardim, afirmando que o cliente deixa ali, em média, 2 800 reais por visita. A partir da próxima quinta (29), o vaivém de consumidores deve aumentar com a inauguração oficial de uma ala com 38 lojas de segmentos variados: moda masculina, feminina, jovem, infantil, joalherias, brinquedos, eletrônicos, cafés, restaurante e produtos para casa.

Marcas mais acessíveis, como Arezzo, M. Officer, Colcci, Mercearia, VR, Crawford, Siberian e Hering, começam a aparecer no centro de compras da Marginal Pinheiros. Ainda assim, estabelecer-se ali não é para qualquer um. Em média, 1 metro quadrado do Cidade Jardim custa 250 reais por mês, menos da metade dos 575 reais cobrados pelo Iguatemi, o aluguel comercial mais caro da cidade. As novatas fizeram questão de criar um projeto arquitetônico especial para se adequar à atmosfera chique e sóbria do lugar. “Não se trata de uma exigência contratual, mas de um cuidado do lojista”, explica Ana Auriemo Magalhães, diretora de desenvolvimento da JHSF Shoppings. Famosa por suas camisetas básicas, a Hering conta com mobiliário todo de madeira e não tem vitrine. “É um modo de o produto ficar mais perceptível”, acredita Marcos Ribeiro, responsável pelo marketing da grife. “Ao entrarmos no Cidade Jardim, nós nos posicionamos de uma maneira diferente.”

Há espaços de apelo mais fashion, caso da Animale, participante da São Paulo Fashion Week, da New Order, que estreou neste ano na semana de moda carioca, e da charmosa multimarcas Maria do Rio. Com ambientação clean e vista para o Rio Pinheiros, a Polishop Experience vende de televisão de plasma a cinta redutora de medidas. A Lego entra no rol das inéditas. Sentado em um banco no corredor, um bonecão feito das peças coloridas anuncia a chegada da primeira chamada loja-conceito da empresa dinamarquesa ao Brasil. “O mix, agora com 160 lojas, ficou completo”, acredita a diretora comercial Luciana Monteiro Iasi.

Alguns consumidores já conferiram as novidades. Na terça passada, a advogada santista Priscila Machado desembolsou 2 300 reais em duas camisas, um vestido, e um colar na Missinclof, aberta em esquema de soft opening. Isso sem somar as compras em lojas dos pisos “antigos”. Como luxo pouco é bobagem, os clientes ainda terão, a partir de sexta (30), duas novas salas de cinema prime da Cinemark — aquelas com poltronas gigantes, pipocas regadas a azeite trufado e ingresso de 46 reais. “Assim conseguiremos atender à demanda altíssima dos fins de semana”, diz Bettina Boklis, diretora de marketing da rede. No quesito gastronomia, os restaurantes Due Cuochi Cucina, Kosushi, Pobre Juan e Nonno Ruggero ganharão, até o fim do ano, a companhia do Parigi Bistrot, espécie de unidade mais casual do Parigi da Rua Amauri, do grupo Fasano. No térreo, em frente à Louis Vuitton, surgirá a primeira filial da marca venezuelana Carolina Herrera no Brasil. Com tanto agito, as bolsas Gucci e Balenciaga correm o risco de perder o sossego.

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