Secretaria Municipal de Habitação atuava na ocupação do edifício
Em nota, prefeitura informou que foram cadastradas 248 pessoas, de 92 famílias que moravam no local
A Secretaria Municipal de Habitação chegou a atuar na ocupação do edifício que desabou na madrugada desta terça-feira (1), no centro de São Paulo, por meio do grupo de Mediação de Conflitos, uma vez que no local estava previsto haver a reintegração de posse, movida pela Secretaria de Patrimônio da União. Uma vez desocupado, o imóvel seria cedido à Prefeitura.
A Secretaria chegou a realizar seis reuniões com as lideranças da ocupação, entre fevereiro e abril deste ano, para esclarecer a necessidade de desocupação do prédio, por conta do risco e da ação judicial.
No dia 10 de março, segundo informou a prefeitura em nota, a secretaria cadastrou cerca de 150 famílias, com 400 pessoas, ocupantes do prédio. Desse total, 25% são famílias estrangeiras. Esse cadastro foi realizado para identificar a quantidade, o grau de vulnerabilidade social e necessidade de encaminhamento à rede socioassistencial.
A gestão municipal estima em cerca de 70 prédios ocupados na região central com aproximadamente 4 000 famílias. Trata-se de uma estimativa uma vez que em sua maioria são prédios particulares.
Em nota, a prefeitura lamentou o acidente e disse que equipes da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social estão no local desde as 3 horas da manhã para dar acolhimento às pessoas desalojadas. “Já foram cadastradas 248 pessoas, de 92 famílias. Elas receberam alimentação e foram encaminhadas para abrigos municipais”, diz nota.
Uma força-tarefa de engenheiros e técnicos da Defesa Civil também está no local para avaliar os danos causados aos imóveis vizinhos ao prédio que desabou. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) organiza os bloqueios de trânsito na região. Às 16 horas, a companhia informará o esquema de interdição que funcionará a partir de amanhã.
A Secretaria Municipal de Habitação criou em 2017 um Núcleo de Mediação de Conflitos que monitora 206 ocupações em toda a cidade com cerca de 46 000 famílias. Desse total, 25% da atuação do grupo ocorre em ocupações na região central, com 3 500 famílias. Para essas ocupações, o grupo atua no sentido de buscar uma solução conciliada com a desocupação voluntária e sem confronto.