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Roteiro e impressões de quatro aeromoças na capital

O que as comissárias fazem no pouco tempo que passam em São Paulo?

Por Sara Duarte [Fabio Brisolla]
Atualizado em 5 dez 2016, 19h31 - Publicado em 18 set 2009, 20h27
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  • Todos os dias, passam pelos aeroportos de Congonhas e Cumbica cerca de 2?500 comissários de bordo. Sete em cada dez são mulheres. Boa parte delas sonhava conhecer o mundo todo de graça ao escolher a profissão. Quando estão em São Paulo, no entanto, lamentam não ter tempo para bater perna em terra firme. As que trabalham em companhias aéreas internacionais permanecem de 24 horas a dois dias e meio na cidade. As que atuam na ponte aérea Rio-São Paulo chegam a fazer até quatro viagens em um único dia. Com um período tão curto de folga, qualquer brechinha na agenda precisa ser aproveitada. Aeromoças estrangeiras hospedam-se em hotéis cinco-estrelas como o Grand Hyatt e o Tivoli Mofarrej por conta da empresa e recebem diárias de 100 dólares, em média, para refeições e pequenas despesas. As brasileiras que fazem voos domésticos ficam em flats ou apartamentos nas cercanias dos aeroportos e têm cerca de 100 reais por dia para gastar.

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    Ao chegar à cidade, a maioria delas tira uma rápida soneca e em seguida passeia por lugares como o Parque do Ibirapuera, a Pina-coteca, os Jardins, shoppings e até a Rua 25 de Março. Quem lhes dá essas dicas são os próprios colegas ou pequenos guias que recebem de suas companhias aéreas. E a paquera? Acredite se quiser: elas juram que não rola nada. “Por aqui vejo muita gente bonita, mas tenho namorado e não dou margem a cantadas”, diz a alemã Daniela Fuchs, da Lufthansa.

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    Nathália Quintella, da Gol

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    Carioca, tem 31 anos e é aeromoça desde 1999. Atualmente, trabalha na ponte aérea Rio-São Paulo. Dorme aqui pelo menos uma vez por semana e costuma correr no Parque do Ibirapuera

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    “Moro em Nova Iguaçu (RJ), mas a base operacional da companhia em que trabalho é em São Paulo. Encaro a ponte aérea pelo menos quatro vezes por dia. Quando estou escalada para o último voo e preciso dormir por aqui, fico em um apartamento alugado próximo ao Aeroporto de Congonhas. Pela manhã, vou ao Parque do Ibirapuera, que considero o meu refúgio paulistano: pratico corrida, alugo uma bicicleta e passo horas admirando a paisagem. Também gosto de fazer compras na Rua 25 de Março e em shoppings. Para comer, frequento restaurantes por quilo ou os da Liberdade, pois adoro comida japonesa. Gostaria de poder fazer mais coisas, mas meu orçamento é limitado: 15 reais para o café da manhã, mais 41,70 reais para o almoço e o mesmo valor para o jantar.”

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    Hilda Cano, da Iberia

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    A espanhola Hilda Cano diz que fala “brasileiro”, e não português, pois morou em Brasília dos 14 aos 18 anos de idade. Aos 40, visita São Paulo pelo menos quatro vezes por ano e aproveita as atrações culturais, como a Pinacoteca do Estado

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    “Para mim, São Paulo é como Nova York, uma cidade de negócios com vida cultural vibrante. Venho para cá há uma década. Chego às 6h45 e embarco de volta para Madri no dia seguinte, às 15h50. Uma de minhas descobertas mais recentes é a Pinacoteca do Estado, um museu moderno, com uma arquitetura belíssima, que lembra a do museu Reina Sofía, da Espanha. Já levei vários colegas ao Instituto Butantan e a restaurantes como Santa Gula e A Figueira Rubaiyat, os meus preferidos. Estive na ‘Bienal do Vazio’ e espero um dia voltar àquele prédio para ver um desfile da São Paulo Fashion Week.”

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    Jacqueline Paton, da Emirates

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    Australiana, tem 22 anos e é comissária de bordo há sete meses. Passa metade de seu tempo em Dubai, onde fica a sede da companhia. Em sua primeira visita à cidade, encantou-se com a vista do prédio do Banespa

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    “Estive em São Paulo pela primeira vez em março. Tinha apenas 29 horas para conhecer tudo. Dormir, nem pensar! Fui direto para a Rua Oscar Freire, onde comprei um par de Havaianas originais. Em seguida, passei uma hora caminhando pelo Parque do Ibirapuera. De tarde, fui ao centro e me encantei com a Catedral da Sé. Subi ao topo do prédio do Banespa e fiquei surpresa ao ver como São Paulo é grande e populosa. No bairro japonês (Liberdade), adquiri uma camiseta do Brasil e um ímã de geladeira. Na hora de almoçar, achei sensacional colocar a comida no prato e em seguida pesá-lo para ver quanto devo. Disseram que esse sistema se chama ‘por quilo’. Foi a parte mais divertida da viagem.”

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    Daniela Fuchs, da Lufthansa

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    Alemã, formada em turismo, tem 24 anos e é fluente em inglês, francês, espanhol e italiano. Esteve em São Paulo mais de vinte vezes e já se arrisca a falar português com os passageiros. Adora comer em churrascarias como a Rodeio, nos Jardins

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    “Cada vez que volto para cá, tenho a impressão de que São Paulo cresceu mais um pouco. Sempre digo aos meus amigos que jamais poderia ser taxista aqui, pois são tantas ruas que eu não conseguiria achar o caminho de volta. Apesar do trânsito, é uma cidade adorável. Amo passear pelo Bixiga e fazer compras no Shopping Ibirapuera. Churrascaria, então, é parada obrigatória. Acho tão pitoresco os garçons vestirem aquelas roupas engraçadas e trazerem um monte de comida para a mesa! Quando estou na Alemanha, sinto saudade da carne e do pão de queijo. Por isso, levo sempre na bagagem uns pãezinhos congelados. Com a carne não dá para fazer o mesmo. Então, como até me fartar. À noite, meu passatempo favorito é ir ao bar Skye, no Hotel Unique, que tem a vista mais bonita da cidade.”

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