Rodrigo Lombardi
Com quinze anos de carreira, ele roubou a cena em Caminho das Índias e conquistou seu lugar no time dos galãs globais
“Ai, acho que vou desmaiar”, suspira uma senhora de cabelos brancos enquanto corre atrás do ator Rodrigo Lombardi, no Parque do Ibirapuera. A cena é o que se pode chamar de “efeito Raj”: desde que interpretou o protagonista da novela Caminho das Índias, o paulistano de 33 anos viu sua vida mudar. Filho de uma dona de casa e de um representante comercial, Lombardi queria ser jogador de vôlei quando, aos 17 anos, foi estudar em San Diego, nos Estados Unidos. Não se deu bem entre cortadas e manchetes. De volta a São Paulo, trabalhou como agente de viagens e garçom, até fazer sua primeira peça de teatro. Empolgado com a profissão, participou de uma novela na Band e, em 1999, ingressou no conceituado Grupo Tapa. “Lá, aprendi 90% das coisas que sei”, afirma. Ainda assim, quase desistiu. “É difícil ser ator. Você não sabe quando o telefone vai tocar nem onde procurar emprego.” Há cinco anos, porém, um produtor da Rede Globo o descobriu em A Mandrágora, que estava em cartaz no Teatro Sérgio Cardoso. Radicado no Rio de Janeiro, Lombardi fez outras três novelas antes de brilhar no horário nobre. Após dançar o bhangra, ele passou a ser abordado nas ruas e fechou muitos contratos publicitários. Casado e pai do são-paulino Rafael, de 1 ano e 11 meses, o novo príncipe da TV já está escalado para o próximo folhetim das 8, Passione, e planeja voltar aos palcos paulistanos em abril. “Isso é só o começo”, avisa.