Trecho leste do Rodoanel é inaugurado com mais de um ano de atraso
Via facilitará o deslocamento entre o porto de Santos e o Aeroporto de Guarulhos; valor da multa pelo atraso da obra será definido nesta sexta (26)
O governo do estado entregou na manhã desta sexta (26) os 5,5 quilômetros que faltavam para a conclusão do trecho leste do Rodoanel. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) chegou em um caminhão de fórmula truck para participar da solenidade. A obra, que deveria ter sido finalizada em março do ano passado, permitirá a conexão entre as rodovias Ayrton Senna e a Presidente Dutra.
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O atraso renderá uma multa de 125 000 reais por dia para a SPMar, concessionária responsável pela construção. Entretanto, o valor final será definido em uma reunião que acontecerá ainda nesta sexta.
No ano passado, a mesma construtora foi obrigada a pagar 251 000 reais pelos atrasos na entrega de projetos, segundo a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp).
A SPMar alega que os atrasos ocorreram por causa de a imprevistos durante a obra, como dutos subterrâneos que não estavam cadastrados no projeto e a demora nas licitações.
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O investimento total do trecho leste do Rodoanel foi de 4, 5 bilhões de reais, segundo a SPMar. O local deve receber 48 000 veículos por dia. Para a conclusão da obra, aproximadamente 650 moradias foram desapropriadas. De acordo com a concessionária, o número é menor do que o esperado, de 1 090 moradias.
O primeiro trecho da via, que liga Mauá à Rodovia Ayrton Senna, tem 37,7 quilômetros e foi entregue em julho, incompleto. Com a conclusão do segundo trecho, o Rodoanel leste completa 43,5 quilômetros de extensão. O objetivo da via é facilitar o deslocamento entre o porto de Santos e o Aeroporto de Guarulhos, passando pelos municípios de Arujá, Itaquaquecetuba, Mauá, Poá, Ribeirão Pires e Suzano.
A conclusão da via também reduzirá o fluxo da Avenida Jacu-Pêssego, paralela a Rodoanel leste, e que passa por dentro das cidades de Mauá e São Paulo. “Deve melhorar o tempo de viagem e percurso dos caminhoneiros por ser uma pista expressa”, acredita o presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado de São Paulo, Norival Silva.