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Após reunião inconclusiva, Nunes sugere carnaval de rua em setembro

O prefeito de São Paulo descartou possibilidade dos desfiles acontecerem em abril

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 fev 2023, 15h50 - Publicado em 11 abr 2022, 17h44

Durante evento em São Paulo nesta segunda-feira (11), o prefeito Ricardo Nunes (PSDB) descartou a possibilidade da realização do carnaval de rua em abril e em junho – como havia sido aventado pela própria secretária municipal de cultura, Aline Torres, em entrevista à GloboNews.

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“Se for setembro, está fechado! Eu vou ter tempo de soltar o edital, pode ser junho… [mas] não no Corpus Christi. Nós não vamos misturar o carnaval de rua com o Corpus Christi”, declarou Nunes na tarde desta segunda-feira, segundo o portal g1. “O ideal é que a gente faça esse evento junto com algum outro feriado que não gere essa movimentação na cidade”, disse o prefeito.

A Prefeitura de São Paulo está em um impasse desde a última sexta-feira (8), quando uma reunião com os representantes dos blocos de rua da cidade foi encerrada sem acordo e com “exaltação dos ânimos”, segundo nota da gestão de Nunes. Os organizadores dos blocos anunciaram em carta pública na última segunda-feira (4) que desejam desfilar no próximo dia 21, feriado de Tiradentes.

A posição do governo municipal é que não há “tempo hábil” para organizar o evento ainda em abril, destacando que são necessários no mínimo 30 dias para a expedição de alvará para eventos públicos e temporários, segundo o decreto 49.969/2008, e que “a realização de eventos dos blocos, cordões, bandas e demais manifestações do Carnaval, deverá ser previamente autorizada pelos órgãos competentes”.

À Vejinha, a coordenadora da Comissão Feminina do Carnaval de Rua (CFCR), Juliana Matheus, criticou a falta de diálogo da gestão municipal e a postergação do evento. “O que vai acontecer em abril é que de 30 a 50 blocos vão sair às ruas. São blocos pequenos, comunitários, ninguém tem patrocínio”, disse Juliana. “O que a gente quer para abril é a garantia do direito da ocupação das ruas”.

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“O que a Prefeitura não fez até agora é ter o diálogo com as organizações ou os blocos para entender quais querem sair, qual o tamanho desses blocos e o que talvez ela poderia apoiar. Na reunião eles nem ouviram o que a gente estava trazendo”, disse Juliana.

Confira a nota completa da Prefeitura sobre o tema:

A Prefeitura reafirma o seu integral apoio ao carnaval dos blocos de rua e a sua disposição para o diálogo permanente com as entidades que os representam, tanto é que secretários municipais e estaduais foram destacados para a reunião aberta realizada na noite da última sexta-feira (08/04) no Centro Cultural São Paulo (CCSP). A disposição da gestão municipal, que defende as manifestações culturais e democráticas, está empenhada em encontrar uma data consensual com tempo hábil para planejar o evento e, assim, garantir a segurança e a infraestrutura necessárias para os foliões e toda a população da cidade.

Lembramos que o carnaval de rua deste ano foi cancelado pela gestão municipal, decisão antecipada pelos próprios dirigentes dos blocos, em função da nova variante Ômicrom e da impossibilidade de cumprir os protocolos sanitários vigentes à época diante da expectativa de público de 15 milhões de pessoas. O objetivo, repetimos, era e continua sendo manter a segurança de todos.

Diante da nova reivindicação dos dirigentes dos blocos de Carnaval de Rua, a Prefeitura e a Secretaria de Segurança Pública (SSP) marcaram uma reunião aberta com todos os dirigentes para chegar a um consenso, pois um evento dessa magnitude, como é de conhecimento público, exige um planejamento grandioso – roteiros, alterações no sistema viário e transporte público, infraestrutura básica, policiamento e serviços médicos, entre outros. É impossível realizar o carnaval de rua sem um grande esforço de organização, que garanta a segurança dos participantes e dos foliões.

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A regra específica prevê que, a realização de eventos dos blocos, cordões, bandas e demais manifestações do Carnaval, deverá ser previamente autorizada pelos órgãos competentes por ato específico que conterá informações sobre organizadores, horário, locais e períodos de duração. Além disso, o decreto 49.969/2008, que regulamenta a expedição de alvará de autorização para eventos públicos e temporários, estabelece que esse documento deve ser oficialmente requerido com antecedência mínima de 30 (trinta) dias da data de realização do evento.

Lamentavelmente, a reunião no CCSP teve de ser encerrada por causa da exaltação dos ânimos e até da hostilidade de alguns dirigentes das entidades que representam os blocos. A intenção da Prefeitura e dos demais órgãos públicos envolvidos é encontrar uma alternativa comum que garanta, democraticamente, a realização dos desfiles dos blocos, mas com o planejamento necessário e máxima segurança possível para todos.

Lembramos que o carnaval do Sambódromo foi adiado e a sua realização postergada num entendimento democrático e transparente com as entidades que representam as escolas de samba de São Paulo. Isso demonstra de forma inequívoca que, quando não há intransigência e eventuais motivações ideológicas, o interesse público prevalece, os consensos são construídos e todos os setores da cidade de São Paulo são beneficiados.

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