Roberto Justus: “Meu contrato com a Record teve redução de valores”
Empresário acerta com a emissora para os próximos três anos e vai comandar o reality show <em>A Fazenda</em>
Nesta quinta (16), a Record anunciou o empresário Roberto Justus como o apresentador da oitava temporada do reality show A Fazenda na Record. “Será o maior desafio nos meus onze anos de carreira de televisão”, diz o CEO do grupo Newcomm, uma das principais redes de comunicação na América Latina.
Para a empreitada, ele teve seu contrato renovado com a emissora por mais três anos. Apesar do novo desafio, houve uma redução de valores. “Vivemos uma crise econômica e a Record, como todas as empresas do país, passam por reestruturação. Como empresário, entendo essa postura”, diz.
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Em sua atividade em frente das câmeras, Justus sempre comandou atrações sobre o mundo corporativo, como O Aprendiz e o programa de entrevistas Justus +, um talk show sobre comportamento. A seguir, ele fala sobre a nova guinada na carreira.
Como veio a proposta de apresentar A Fazenda?
Na semana passada, um diretor me ligou sondando. Sabia que havia uma negociação com o Marcio Garcia. Essa conversa não deu certo e, na terça (14), Marcelo Silva (vice-presidente artístico da Record) me ligou em Miami, onde passo as férias, para fazer o convite. Acredito que a vida é feita de mudanças, de desafios, por isso, topei.
Mas é difícil imaginá-lo em A Fazenda, um universo tão diferente do mundo corporativo…
Acompanhava essa atração como espectador. Acho melhor do que o Big Brother Brasil, por causa das provas e da interatividade com os animais. Sou um homem de negócios, mas também tenho meu lado leve. Não durmo de terno (risos). Vamos decidir detalhes do programa a partir da segunda (20), entre eles, o figurino. Deve ser algo despojado, mas não me imagino usando chapéu de fazendeiro. Pode ser uma vez ou outra… Mas se precisar, vão ter de encomendar. Tenho a cabeça grande (risos).
Britto Junior comandou sete edições do programa. Qual será a sua principal diferença em relação a ele?
Gosto do Britto e o respeito muito. Mas somos distintos. Acho que faltava uma certa emoção (no comando dele). Eu quero imprimir mais emoção no programa.
As brigas de A Fazenda são bem intensas… Elas serão amenizadas nessa nova temporada?
Não. Gosto do bate-boca. É importante o participante colocar a própria opinião, defender uma postura. Não terei o poder de eliminar ninguém, mas acredito que o participante com caráter, estratégia e personalidade forte ganha a empatia do público e vence.
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Das outras edições, para quem torceu e quem desejou mandar para a roça?
Não falarei de quem não gostei, porque acho indelicado. Mas fiquei fã da Nanny People, uma pessoa sincera e com uma personalidade divertida. Também torci por Dado Dolabella na primeira temporada. Disseram que foi jogo de cartas marcadas, mas o comportamento dele mereceu o prêmio.
Você renovou o contrato com a Record por mais três anos recentemente. Foi um negócio milionário?
Não, pelo contrário. Vivemos uma crise econômica e a Record, como todas as empresas do país, passa por uma reestruturação. Todos os apresentadores tiveram seus valores um pouco reduzidos e eu também. Como empresário, entendo essa postura. Mas continua um negócio vantajoso para mim. Gosto do meu trabalho, dos meus programas. O Justus + seguirá no ar normalmente neste ano. O Aprendiz poderá voltar no primeiro trimestre de 2016, mas tudo depende dessa nova edição de A Fazenda. Torçam por mim.
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