Reitoria da USP faz proposta para fim da greve estudantil
Em assembleia, nesta quarta-feira (4), foram oferecidas mais 148 vagas para professores temporários, mas aumento do auxílio estudantil segue em análise
A reitoria da Universidade de São Paulo (USP) ofereceu uma nova proposta ao Diretório Central do Estudantes da USP (DCE Livre) para o fim da greve estudantil iniciada no dia 21 de setembro. Nesta quarta-feira (4), a reitoria propôs a contratação de mais 148 professores temporários nos próximos 45 dias, a serem distribuídos nos institutos.
Além disso, a reitoria se comprometeu a repor, até 2025, todas as vagas de professores aposentados e exonerados, e divulgar um levantamento com números do quadro docente por unidade até 2022 para fins de maior transparência.
Outra exigência do movimento é o aumento do auxílio de permanência estudantil, atualmente no valor de 800 reais, em 100% do salário mínimo estadual paulista. Porém, a reitoria indicou que ainda deve analisar a proposta e trazer uma devolutiva.
Agora, os estudantes devem se reunir em nova assembleia estudantil na próxima segunda-feira (9), quando o encerramento da greve será votado. Já a Associação de Docentes da USP (Adusp), que segue desde o último dia 27 em paralisação com indicativo de greve em apoio aos alunos, realizará um encontro nesta quinta-feira (5).
De acordo com levantamento da ADUSP, a universidade perdeu 17,5% do corpo docente de 2014 a agosto de 2023, o equivalente a 1.042 professores, enquanto o número de alunos cresceu 32% entre 2002 e 2022. A reitoria havia liberado 879 vagas de docentes, das quais 238 foram preenchidas e as demais ainda serão postas em seleção.
Já os estudantes exigem o retorno do gatilho automático de contratação de professores, que impõe a reposição imediata após a exoneração ou aposentadoria de um docente.