Rede D’Or investe R$ 1,5 bilhão na expansão dos negócios na capital
Empresa vai aproveitar a fama do Vila Nova Star para construir um “irmão gêmeo” e uma nova maternidade premium
Menos de dois anos depois de inaugurar o hospital Vila Nova Star, na Vila Nova Conceição, a um custo de 350 milhões de reais, a Rede D’Or prepara uma expansão bilionária em seus negócios na Zona Sul. De uma tacada só, o grupo carioca levantará uma torre de doze andares ao lado do prédio inaugurado em maio de 2019, transformará a tradicional maternidade São Luiz em uma ampliação do hospital de mesmo nome e construirá uma nova maternidade. Ao todo, a empreitada custará 1,5 bilhão de reais.
A nova maternidade, que terá 22 andares, 170 leitos e ficará na Rua Helena, próximo ao Shopping JK Iguatemi, vai ganhar a marca “star”, mas não deixará de atender o público do São Luiz, de um poder aquisitivo menor na comparação com o frequentador do Vila Nova. “Não vamos mexer nos produtos atendidos atualmente na maternidade São Luiz. O que vamos elevar é o patamar do serviço e da tecnologia, sem mudar a elegibilidade”, afirma Paulo Moll, presidente da Rede D’Or. “Com essa mudança, ganharemos o prédio da atual maternidade e construiremos mais noventa leitos, somando aos 220 atuais do hospital geral.” As obras da nova maternidade, que deverá ganhar o carimbo de mais chique da cidade, já foram iniciadas e ficarão prontas no início do ano que vem.
Enquanto calcula o aumento do número de leitos e de atendimentos, Paulo Moll afirma que as novas construções da rede vão gerar 2 500 empregos diretos. As contratações no início do projeto do Vila Nova, aliás, movimentaram o mercado de médicos de ponta. Passaram a integrar seus quadros figurões como o urologista Miguel Srougi, o cirurgião Antonio Luiz Macedo (que operou o presidente Jair Bolsonaro) e a cardiologista e intensivista Ludhmila Hajjar (que recusou em março um convite para assumir o Ministério da Saúde). A eles se soma o oncologista Paulo Hoff, que trabalhou onze anos no Sírio-Libanês e é o atual diretor clínico do centro médico.
Concomitantemente aos investimentos em espaços físicos, o Vila Nova Star, conhecido pela gastronomia (assinada pelo chef francês Roland Villard) e pela hotelaria (os enxovais são de 400 fios e a linha de amenidades é da grife Trousseau), tem apostado em equipamentos de ponta para o tratamento de câncer. O mais novo deles, o Cyberknife, custou 5 milhões de dólares e é usado para radioterapias. “Com ele, o paciente faz cinco sessões e acabou. Realizamos radiocirurgias no cérebro e no pulmão, por exemplo, com uma alta eficácia”, diz Hoff.
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Publicado em VEJA São Paulo de 05 de maio de 2021, edição nº 2736