Rafinha Bastos, do céu ao inferno
O comediante começou o ano com tudo, mas terminou não tão bem
Rafinha Bastos começou 2011 com a bola toda. Além de ter sido considerado o usuário mais influente do Twitter em todo o mundo, segundo pesquisa divulgada em março pelo “The New York Times”, o comediante gaúcho de 35 anos também somava sucesso (e dinheiro) na bancada de apresentação do CQC e em shows de comédia stand-up, muitos em sua própria casa de espetáculos, o Comedians, na Rua Augusta. Tanto estrelato, no entanto, parece ter ofuscado um pouco as lamparinas de seu juízo.
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Condutor de um bonde sem freio de piadas de mau gosto, Rafinha lidera um grupo de humoristas (?) que apela para a ofensa e o constrangimento na hora de tentar fazer a plateia rir. Na mesma rede de microblogs que o consagrou mundialmente, por exemplo, fez o favor de postar a seguinte grosseria, em pleno Dia das Mães: “Ae órfãos! Dia triste hoje, hein?”.
Em setembro, ao vivo na Band, chegou a dizer “Eu c. ela e o bebê. Não tô nem aí”, sobre a cantora Wanessa Camargo, após Marcelo Tas dizer que ela estava muito bonita grávida. Foi o estopim de uma polêmica que se arrastou por semanas. Criticado até pelos colegas, foi afastado do humorístico e responde a processo por injúria — pausa para detalhe bizarro: no processo, o feto de Wanessa aparece como um dos “autores”.
Rafinha ainda perdeu seu posto no “A Liga”, atração que comandava às terças, também na Band. “Foi um ano de grande barulho para o programa”, avalia Tas. Perguntado se há possibilidade de Rafinha voltar a ocupar a bancada do programa, ele sentencia, monossilábico e direto: “Não”.