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Quantas terras quilombolas existem no estado de São Paulo?

Neste dia 20 de novembro é a primeira vez que o Dia de Zumbi e da Consciência Negra é comemorado nacionalmente

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
20 nov 2024, 12h32
São Paulo tem 36 áreas reconhecidas como quilombolas
São Paulo tem 36 áreas reconhecidas como quilombolas (Agência Brasil/Divulgação)
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O estado de São Paulo tem atualmente 36 comunidades quilombolas reconhecidas oficialmente, de acordo com o Itesp (Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo). Isso significa que essas localidades têm títulos de propriedade das terras que ocupam.

Este dia 20 de novembro de 2024 é a primeira vez que o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra é comemorado depois de ter sido instituído feriado nacional, em dezembro do ano passado. Zumbi dos Palmares é considerado um símbolo de resistência à escravização da população negra.

A região do Vale do Ribeira concentra o maior número de comunidades quilombolas em São Paulo, com 29 delas situadas em municípios como Eldorado, Iporanga, Jacupiranga, Itaóca, Cananéia, Iguape, Registro, Miracatu e Barra do Turvo. As demais comunidades quilombolas estão localizadas em municípios como Salto de Pirapora, Itapeva, Ubatuba, Capivari e Itatiba.

A base legal para o reconhecimento como área quilombola é da Constituição Federal de 1988, que garantiu o direito à propriedade para os remanescentes de quilombos e determinou ao Estado a regularização dos territórios, conforme o artigo 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT).

A Constituição também reconheceu a importância histórica e cultural das comunidades quilombolas, assegurando sua proteção e a preservação de seus patrimônios.

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Desde o início da década de 1990, com o Decreto Estadual nº 40.723 de 1996, São Paulo tem implementado políticas públicas específicas para a titulação das terras quilombolas, levando em consideração os aspectos fundiário, ambiental e socioeconômico.

Em 1997, foi criado o Programa de Cooperação Técnica e Ação Conjunta, com o objetivo de identificar, discriminar e legitimar as terras ocupadas por essas comunidades, promovendo a valorização de seu modo de vida, suas tradições e sua cultura.

O Itesp é desde 1999 responsável pela identificação, demarcação e regularização das terras quilombolas. Em 2001, foram emitidos os primeiros títulos de propriedade para as comunidades quilombolas paulistas, e desde então, nove comunidades  receberam a titulação de suas terras públicas estaduais. Quando as terras são de domínio privado, o processo de regularização é conduzido pela União, por meio do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).

Além da regularização fundiária, o trabalho o Itesp também abrange a assistência técnica a mais de 1.400 famílias quilombolas em 14 municípios.

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