Continua após publicidade

Pufes de uso público dão nova vida a gramado de prédio no Itaim Bibi

Trinta assentos coloridos mudaram a cara do pedaço

Por Guilherme Queiroz
Atualizado em 14 fev 2020, 16h04 - Publicado em 3 Maio 2018, 06h00
O espaço na hora do almoço: soneca, celular e até crochê (Marcelo Justo/Veja SP)
Continua após publicidade

O famoso urbanista dinamarquês Jan Gehl não ficou impressionado com o colossal condomínio Pátio Victor Malzoni — aquele com um vão sobre a Casa Bandeirista, na Avenida Faria Lima —, quando visitou São Paulo. “Sinto pena de quem trabalha aqui. Não há um café ou banquinhos na calçada. Só os fumantes têm motivo para usar o térreo”, espetou. “Este gramado é só para olhar? Ninguém usa.” Finalmente, surgiu um sinal de adaptação à vida de rua por parte do gigante envidraçado de dezenove andares, inaugurado em 2012.

Em agosto do ano passado, o pedaço ganhou nova vida com a colocação de trinta pufes coloridos de uso público nos gramados principal e lateral. Sucesso instantâneo em meio à correria do bairro, repleto de escritórios. Na hora do almoço, o ponto fica lotado. Há quem tire uma soneca, bata um papo com os amigos, se atualize pelo celular e leia por ali. “Entre o trabalho e a faculdade, paro aqui para relaxar um pouco”, afirma Sandy Damasceno, que frequenta o local há cerca de cinco meses.

Os assentos ficam disponíveis das 7 às 18 horas, quando são recolhidos. “Um funcionário viajou para a Nova Zelândia e viu os pufes em uma praça”, conta Marco Charro, um dos diretores do Grupo Victor Malzoni, administrador do prédio. “Tiramos a ideia daí.” Além dessa, outras ações incentivam o uso das áreas comuns do local, como redes de descanso, uma horta comunitária, quiosques com tomadas alimentadas por placas solares, uma pequena lanchonete e exposições periódicas. Transitam por ali cerca de 1 000 pessoas diariamente.

Arquiteto responsável pelo projeto, o francês Marc Rubin comemora o sucesso da iniciativa. “A construção permite que as pessoas circulem entre a Faria Lima e a Rua Iguatemi”, diz. “É interessante notar como essa dinâmica está evoluindo.” Jorge Bassani, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, vê o projeto com bons olhos. “Nossa cidade é muito segregadora”, acredita.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de 35,60/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.