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PSL expulsa deputado federal Alexandre Frota

Parlamentar foi alvo de retaliação após ter criticado o partido e o governo do presidente Jair Bolsonaro

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 13 ago 2019, 12h32 - Publicado em 13 ago 2019, 12h27
Alexandre Frota se filiou ao PSDB na semana passada (Reprodução/Instagram)
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O PSL determinou nesta terça-feira (13) por unanimidade (oito votos a zero) a expulsão do deputado federal Alexandre Frota (SP), que recentemente passou a fazer críticas à legenda e ao governo do presidente Jair Bolsonaro, seu correligionário.

Uma das peças mais atuantes em favor da votação da reforma da Previdência, Frota estava insatisfeito com o veto do Palácio do Planalto a indicações dele para cargos na Agência Nacional de Cinema (Ancine) e a perda de poder do diretório municipal de Cotia, região metropolitana da capital paulista.

A decisão expõe um racha dentro do diretório estadual da sigla em São Paulo, hoje, comandado pelo filho do mandatário, deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

Oficialmente, a executiva nacional do PSL justificou a saída afirmando que Frota demonstrou “infidelidade” ao atacar o governo e colegas de bancada nos últimos meses. O deputado foi criticado, sobretudo, por se abster na votação do 2º turno da Previdência, o que foi considerado uma “traição” à legenda. A proposta foi aprovada por 370 votos a favor, 124 contra e uma abstenção, a do parlamentar.

“Não concordamos com os argumentos dele”, afirmou Luciano Bivar, presidente do partido, justificando a decisão da sigla em expulsá-lo.

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Nas últimas semanas, a situação do parlamentar na legenda piorou ainda mais após ele afirmar que o presidente Jair Bolsonaro é a sua “maior decepção” e que a indicação de Eduardo Bolsonaro para a embaixada brasileira em Washington representa a “velha política”.

Na semana passada, Frota compartilhou uma reportagem crítica ao presidente e seus filhos que relatava os laços familiares de empregados nomeados por eles desde 1991. No mesmo dia, atacou a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) por uma postagem dela, criticando-o pela aproximação com o governador de São Paulo, João Doria, do PSDB.

Briga interna

Os controles dos diretórios municipais no estado viraram uma disputa entre o grupo político do senador Major Olímpio (PSL-SP) e parte dos parlamentares não ligados à bancada militar, como Junior Bozella e o próprio Frota. O senador articulou o processo de expulsão endossando o pedido feito por Carla Zambelli e subscrito pelos também deputados Caroline di Toni (SC), Bia Kicis (DF) e por Luiz Philippe de Orleans e Bragança (SP).

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Frota afirmou publicamente que o senador instalou uma “milícia de ex-PMs” no PSL. Irritado, Olímpio pediu a sua expulsão. Os dois brigavam por espaço na estrutura do partido.

No sábado, o parlamentar desativou seus perfis nas redes sociais. A medida foi vista como uma “prevenção” aos ataques que poderá vir a sofrer com a expulsão, confirmada há pouco. No Facebook, Frota tinha 1,1 milhão de seguidores. No Twitter, somava 170 000 seguidores.

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