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Grupo faz sessões de psicanálise gratuitas em espaços públicos

'Consultas' acontecem aos sábados em espaços como a Praça Roosevelt e a Casa do Povo

Por Laís Franklin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 20 out 2017, 06h00 - Publicado em 20 out 2017, 06h00
Zaiden faz atendimento na Roosevelt: consultas por ordem de chegada (Ricardo D'angelo/Veja SP)
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Quem circulou pela Praça Roosevelt nos fins de semana nos últimos meses pode ter percebido uma mudança no movimento. Desde junho, a área do pergolado passou a ser ocupada por várias cadeiras de praia. Uma placa dá a pista: “Atendimento público, individual e gratuito”.

Trata-se de uma clínica de psicanálise que oferece consultas aos frequentadores. A cada sábado, dezenove voluntários comandam cerca de trinta sessões de cinquenta minutos. O nome dos interessados é anotado em um caderno por ordem de chegada, e a espera costuma durar meia hora. “Recebemos skatistas, mendigos, empresários, gente dos quatro cantos da cidade”, afirma o psicanalista Aldo Zaiden, que criou a iniciativa junto com o colega Tales Ab’Sáber.

Estima-se que mais de 300 pessoas já enfrentaram o “divã” da praça desde o início do projeto. “Foi uma experiência transformadora, volto sempre”, diz uma das frequentadoras, a assistente administrativa Marinalva Rodrigues.

Psicanalistas voluntarios
Zaiden faz atendimento na Roosevelt: consultas por ordem de chegada (Ricardo D'angelo/Veja SP)

A clínica aberta é uma ampliação de outros dois projetos similares. O primeiro surgiu na Vila Itororó, na Bela Vista, em julho de 2016, e o segundo, na Casa do Povo, no Bom Retiro, em abril (confira os horários abaixo).

Ao contrário do que ocorre nos consultórios tradicionais, na Praça Roosevelt não há uma relação rígida entre psicanalista e paciente. A cada sábado, é possível ser atendido por uma pessoa diferente, e os relatórios dos casos são compartilhados entre todos os voluntários.

Essa prática não é unanimidade entre profissionais do ramo. “A rotatividade pode dificultar o vínculo de confiança, importante no processo”, diz Ana Célia Rodrigues de Souza, psicanalista da Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica. “A ideia é que os pacientes da Roosevelt criem uma relação com o coletivo, e não com o analista”, contrapõe Zaiden. “Tem funcionado muito bem até agora.”

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Onde encontrar

Clínica Aberta de Psicanálise
Casa do Povo. Rua Três Rios, 252, Bom Retiro. Sábado, 11h às 14h.

Clínica Aberta de Psicanálise
Praça Roosevelt, centro. Sábado, 11h às 14h.

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Clínica Pública de Psicanálise
Vila Itororó. Rua Pedroso, 238, Bela Vista. Sábado, 10h às 13h30.

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