Protesto organizado pela CUT tem manifestantes de verde e amarelo

Ato contra a reforma da previdência na Avenida Paulista tem pessoas com visual que marcou as ações pró-impeachment

Por Mariana Rosario SEGUIR SEGUINDO
Atualizado em 15 mar 2017, 18h55 - Publicado em 15 mar 2017, 18h55

manifestacao — Francisco Barreto, 64 anos: protesto contra a reforma da previdência (Mariana Rosário/Veja SP)

Alguns manifestantes que foram à Avenida Paulista para protestar contra a reforma da previdência nesta quarta (15) optaram por trajar roupas destoantes do habitual vermelho desse tipo de evento. Um grupo apostou nas cores verde e amarelo, ou camisas da Seleção Brasileira, visual que marcou as manifestações pró-impeachment.

Um deles é o instrutor químico Francisco Barreto, de 64 anos, que conta participar de um protesto pela primeira vez. Ele reclama que, pela atual legislação, poderia se aposentar no ano que vem, mas caso a reforma seja aprovada, terá que esperar mais tempo, pois só tem dezenove anos de contribuição. “Achei que com o Temer seria diferente, mas sou uma vítima do governo dele”, diz ele segurando um cartaz onde avisa: “Não sou PT”.

O protesto, organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), entre outras centrais sindicais, ocupa os dois sentidos da Avenida Paulista desde às 16h desta quarta (15). Por volta das 17h30, o ato do sindicato dos professores da rede pública (Apeoesp), que estava na região da Rua da Consolação, juntou-se à manifestação na Paulista. De acordo com o organização, o público é de 200 000 pessoas. A PM ainda não divulgou dados oficiais.

Muito aguardada por manifestantes, a presença do ex-presidente Lula foi confirmada, mas ele ainda não apareceu.