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Protesto contra morte de jovem negro leva 200 marmitas para o Masp

Rapaz morreu enquanto almoçava na Zona Sul; marmitas foram cheias de areia vermelha

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 Maio 2024, 19h20 - Publicado em 26 out 2021, 19h33
pessoas segurando faixa escrito 'era uma marmita, justiça por gabriel' no vão do masp, em frente a 200 marmitas de isopor dispostas no chão
Manifestação 'Era uma marmita - Justiça por Gabriel' trouxe manifestantes e familiares do jovem de 19 anos, morto enquanto comia uma marmita na última quarta-feira (20) (Reprodução/Instagram Rios de Paz/Veja SP)
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Uma semana após a morte do jovem negro Gabriel Araújo, de 19 anos, que foi baleado em abordagem policial quando comia uma marmita, manifestantes, familiares e amigos protestaram, nesta terça-feira (26), contra a ação da Polícia Civil no Morro do Piolho, Zona Sul da capital, que causou a morte do garoto. O ato ‘Era uma marmita – Justiça por Gabriel‘, organizado pelas ONGs Rio de Paz e Mochileiros de Cristo, levou 200 marmitas de isopor com areia vermelha para a frente do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista.

Segundo relato de testemunhas para o G1, o jovem Gabriel Augusto Hoytil Araújo, de 19 anos, comia uma marmita quando foi morto com tiros disparados por policiais civis que participavam de uma operação contra o tráfico de drogas na comunidade do Morro do Piolho. O caso ocorreu na última quarta-feira (20) e causou revolta da comunidade.

“Como confunde uma marmita com um revólver?”, disse Fabiana, na última quinta (21) ao G1. “Ele [Gabriel] não precisava ser morto daquele jeito. Nem chegou a comer a marmita. Atiraram no meu filho sem defesa para ele. Não perguntaram nada. Me disseram que os policiais confundiram uma marmita com um revólver e atiraram. Que mundo é esse que matam primeiro para depois perguntar?”, questionou.

Cerca de 15 pessoas participaram da manifestação em memória a Gabriel na manhã desta terça (26). Junto dos manifestantes das ONGs estava a mãe do jovem, Fabiana Hoytil da Silva

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O ato, organizado pelas ONGs Rio de Paz e Mochileiros de Cristo, levou 200 marmitas com areia vermelha para simbolizar o sangue de Gabriel que ficou sobre a marmita que ele comia quando foi baleado durante abordagem policial (Reprodução/Instagram Rios de Paz/Veja SP)

No boletim de ocorrência, consta que Gabriel carregava uma “arma de brinquedo” e drogas, os policiais teriam atirarado para reagirem. Entretanto, segundo testemunhas da morte de Gabriel, o jovem estava comendo uma marmita quando levou os tiros e não carregava nenhuma arma.

Segundo a família, Gabriel tinha deficiência intelectual e morava com a mãe, o padrasto, dois irmãos gêmeos de 12 anos e o avô materno no bairro do Jabaquara, na Zona Sul.

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