Pesquisador americano é detido em Cumbica
Klaus Keil, da Universidade do Havaí, está no Brasil para uma série de palestras
A Polícia Federal deteve no último domingo (30) o pesquisador da Universidade do Havaí, Klaus Keil, de 80 anos, no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos. De acordo com informações da PF, Keil, que veio ao país para realizar uma série de palestras, estava com o visto sem validação.
+ “A tragédia não pode ser esquecida”, diz sobrevivente de bomba atômica
Ele deveria ter sido deportado no mesmo dia, mas, após pressão da comunidade científica no Ministério das Relações Exteriores e na Polícia Federal, o professor obteve uma autorização temporária de cinco dias para regularizar situação do documento.
A PF informou, em nota, que como o pesquisador possui visto de negócios, expedido pelo Ministério de Relações Exteriores no país de origem, este deveria ter sido validado antes da viagem.
+ “Vou ser o pastor da cidade”, diz Marco Feliciano
Considerado um dos maiores cientistas planetários no estudo da meteorítica, Keil é a principal atração do Encontro Internacional de Meteoritos e Vulcões, que será realizado nesta quinta feita (3) no Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ele também tem palestras marcadas em Brasília, São Paulo, São José dos Campos, Salvador, Porto Alegre e Ouro Preto.
No domingo, o cientista passou o dia no aeroporto e, à noite, foi levado para um hotel. Quando souberam do incidente, dois pesquisadores – Marcos Diaz e André Moutinho – foram ao local para tentar auxiliá-lo e evitar que fosse deportado. Keil só seguiu para o Rio de Janeiro na segunda (31).
+ Confira as últimas notícias da cidade
“Ele ficou muito constrangido. Ele ama o Brasil, veio para cá fazer catorze palestras em nove lugares diferentes”, disse a professora da UFRJ Elizabeth Zucolotto, responsável por um dos eventos. Ela acompanhava o pesquisador na PF nesta terça (1º) para que atualize o visto. “Ninguém sabia o que estava acontecendo no domingo, não conseguíamos falar com a PF de São Paulo e não tínhamos o contato dele”, explicou a pesquisadora. Neil disse ter sido bem tratado durante a detenção.