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Prefeitura suspende contrato da ciclofaixa de lazer

Empresa que assumiu o serviço apresentou falhas; administração municipal corre contra o tempo para fazer contrato emergencial

Por Clayton Freitas
19 out 2022, 13h07
Ciclofaixa de lazer
Ciclofaixa de lazer, quando era operada pela Uber (Prefeitura de São Paulo/Divulgação)
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A Prefeitura de São Paulo decidiu suspender, por 30 dias, o contrato com a empresa responsável por montar as ciclofaixas de lazer pela capital, segundo publicação do “Diário Oficial da Cidade” desta quarta-feira (19). A Coranda TV e Publicidade assumiu o serviço no dia 28 de agosto e teria cometido, segundo a prefeitura, irregularidades na execução do termo de cooperação.

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Montadas em cerca de 110 km de vias da capital, as ciclofaixas de lazer operam as 7h às 16h, aos domingos.

Segundo revelou reportagem da Vejinha no dia 10 de agosto, apesar de ser um projeto existente há treze anos na capital e que reúne todos os domingos cerca de 100 000 ciclistas, a prefeitura encontrava dificuldades para conseguir um patrocinador após a saída da Uber, que não renovou o contrato.

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Além de ser uma empresa desconhecida no mercado da bicicleta, as condições em que a Coranda foi habilitada também suscitaram dúvidas. Uma publicação especializada, o Jornal da Bicicleta, revelou que, ao assumir o serviço, a Coranda alegava possuir capital de 100 mil reais, valor inferior ao necessário para ofertar o combinado no termo em apenas um domingo.

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O contrato prevê que a empresa fique responsável por montar a estrutura e também monitorar o passeio dos ciclistas. Para isso, remunera os operadores, o que não aconteceu e acabou virando alvo de protestos de muitos deles. Nos dias 12 e 16 e outubro, apenas cones e cavaletes foram instalados e alguns trechos não chegaram a ser sinalizados.

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Em nota, a Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito informou que o prazo de 30 dias foi dado para apuração das irregularidades contratuais, sem detalhar quais seriam os problemas. “A empresa ainda tem o prazo por contrato para a apresentação de suas justificativas. A suspensão não é a rescisão contratual”, informa a nota.

A reportagem perguntou se caberia alguma punição pelo descumprimento do serviço, o que não foi respondido pela administração municipal. Questionada,a prefeitura não informou se a ciclofaixa de lazer será ou não montada no próximo domingo (23). “A SMT trabalha pela elaboração de um contrato emergencial para implantação da ciclofaixa de lazer no próximo domingo”, informa a nota.

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