Prefeitura retoma licitação do terraço do edifício Martinelli
Proposta é a de que espaço receba serviços de gastronomia de visitação
A Prefeitura de São Paulo retomou a licitação para conceder o terraço do Edifício Martinelli para exploração da iniciativa privada. A proposta inicial foi lançada no início de 2020, porém, foi barrada em dezembro daquele mesmo ano após questionamentos do TCM (Tribunal de Contas do Município).
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O edital de concessão prevê que além do terraço, uma loja no térreo, e os andares 25º, 26º, 27º e 28º do edifício possam ser explorados comercialmente pelo prazo de 15 anos. No total eles somam 2 570 metros de área. O valor estimado do contrato é de 50 milhões de reais
Segundo a SPUrbanismo, a ideia é retomar o protagonismo do Martinelli como ponto de turismo no centro velho. Para isso, quem for o vencedor do certame –o resultado só sai em fevereiro de 2023– deve oferecer atrações nas áreas de gastronomia e de visitação pública do espaço. Quando o projeto foi lançado em 2020, ele permitia aos interessados promover fonte de renda a partir de venda de ingressos, exploração para eventos (tais como casamentos, exposições e ativações de marcas), cafés e restaurantes.
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O edital prevê que o vencedor deve realizar uma série de obras de restauro e melhorias, tais como construir um novo elevador, guarda-corpo de vidro, adequação da acessibilidade e aquisição de equipamentos.
Erguido em 1924 inicialmente com 12 andares, o Martinelli foi ampliado e chegou a 20 andares em 1930, e então foi considerado o primeiro arranha-céu da cidade de São Paulo. Mais tarde, em 1947, era o mais alto do país. Nas décadas seguintes ele se tornou uma espécie de cortiço, e, devido aos crimes que ocorreram por lá, o local é comumente lembrado por ser mal-assombrado.
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Desapropriado pela prefeitura em 1975, ele foi restaurado e reaberto em 1979. Atualmente é sede de diversos órgãos municipais, entre eles a SPUrbanismo. O terraço havia sido reaberto no ano de 2010, entretanto, após vários episódios de suicídio, foi fechado em 2017.
Imbróglio no TCM
O questionamento do TCM ocorreu para saber como o futuro concessionário poderia explorar as chamadas atividades acessórias não previstas no plano de negócios. Além disso, não havia informações claras a respeito de como a concessão seria benéfica, e os cálculos a respeito de obras de restauro não estavam claros.
Somente após o envio de vários documentos pela SPUrbanismo, esclarecendo todos os pontos levantados pelos conselheiros, e as devidas alterações no edital de licitação, é que foi dado o aval para que o certame tivesse prosseguimento, em fevereiro deste ano.