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Prefeito é preso por depositar lixo em aterro interditado no interior

Assessoria diz que a cidade não tem onde depositar o lixo e luta há anos para regularizar a situação

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 14 jun 2018, 12h13 - Publicado em 14 jun 2018, 12h05

O prefeito da cidade paulista de Murutinga do Sul, Gilson Pimentel (PSDB), foi preso no fim da tarde desta quarta-feira (13), acusado de crime ambiental. Ele teria autorizado depositar o lixo da cidade num aterro sanitário interditado pela Cetesb, a agência ambiental do Estado de São Paulo.

Um fiscal e três funcionários da limpeza pública da prefeitura também foram presos. A assessoria do prefeito diz que a cidade não tem onde depositar o lixo e luta há anos para regularizar a situação do aterro. O prefeito e os outros presos serão levados à audiência de custódia na tarde desta quinta-feira (14) e a defesa espera que eles sejam libertados.

As prisões aconteceram após uma denúncia anônima de que um caminhão descarregava o lixo no aterro interditado. Uma equipe da delegacia seccional da Polícia Civil em Andradina (SP) foi ao local e flagrou o crime ambiental. O motorista do veículo informou que havia recebido a ordem do fiscal de posturas que, por sua vez, alegou que a determinação era do prefeito.

O fiscal, o motorista do caminhão de lixo e dois lixeiros também foram presos. O delegado Marcelo Zompero, que fez as prisões, não arbitrou fiança porque os crimes dos quais o prefeito e os servidores são acusados têm pena superior a quatro anos. Pimentel tem curso superior e passou a noite numa sala da delegacia.

De acordo com o assessor de comunicação da prefeitura, Reinaldo Aro, desde que o aterro foi interditado, no fim do ano passado, a cidade ficou sem ter onde depositar o lixo, que é coletado duas vezes por semana. “O prefeito pegou o município com dívida de 6 milhões de reais e não tinha condições de mandar o lixo para aterro particular. Houve pedido à Cetesb para depositar em valas ao lado do lixão atual, mas o órgão ambiental não concordou. A cidade não pode ficar sem coleta, então é uma situação complicada”, disse.

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Conforme Aro, emergencialmente o município vai alugar contêineres de uma empresa de Três Lagoas (MS) para estocar o lixo, até que a situação do aterro seja resolvida. Com 4 800 habitantes, Murutinga do Sul é um dos 24 municípios paulistas que têm aterros sanitários – ou lixões a céu aberto – interditados pela Cetesb.

Na maioria dos casos, as prefeituras estão “exportando” o lixo para aterros de outras cidades. A agência ambiental da Cetesb em Dracena informou que a prefeitura de Murutinga já foi multada por depositar lixo de forma irregular no aterro interditado.

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