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Pós-Corujão, pedido de exame cresce 83%

Segundo a Prefeitura, foram realizados por meio do programa 342 000 exames em cerca de três meses

Por Estadão Conteúdo
11 Maio 2017, 09h08
Corujão: 342 000 exames em cerca de três meses, segundo a Prefeitura (Alexandre Battibugli/Veja SP)
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O número de novos pedidos médicos de exames cresceu 83% e bateu recorde na rede municipal depois da realização do programa Corujão da Saúde. De acordo com o secretário municipal da Saúde, Wilson Pollara, foram 220 000 novas solicitações em março (terceiro mês do Corujão) e 200 000 em abril, ante média de 120 000 novos pedidos nos meses anteriores.

Para o secretário, o aumento está relacionado a uma demanda já existente que ainda não estava na fila e a pacientes que procuraram unidades de saúde após ouvirem falar do Corujão. “Estamos achando que isso era alguma coisa que ainda estava reprimida e não tinha sido pedida. As pessoas também ficaram estimuladas com os exames (do Corujão)”, afirmou ele.

Segundo a Prefeitura, foram realizados por meio do programa 342 000 exames em cerca de três meses (janeiro a março). Embora a fila encontrada pela gestão João Doria fosse maior, de 485 000 pacientes, a secretaria diz ter zerado a demanda por exames porque os demais usuários na lista de espera não precisavam mais ou então foram encaminhados para reavaliação médica porque já aguardavam havia mais de seis meses. Parte dos exames foi realizada em hospitais privados parceiros da Prefeitura no projeto.

Diante do crescimento inesperado da demanda por exames em março e abril, a gestão prepara diretrizes para os médicos da rede para reduzir os pedidos de procedimentos desnecessários. “Para evitar esse tipo de problema, nós estamos fazendo protocolos de pedidos de exames. Eles não vão ser pedidos aleatoriamente. Vamos ter protocolos dizendo em que casos (os médicos) têm de pedir cada tipo de exame para que a gente evite esse afluxo enorme, até porque 90% dos exames dão resultados normais”, disse Pollara.

Outra estratégia para atender a procura inesperada é utilizar equipamentos e aparelhos médicos doados ou emprestados por dez empresas privadas. A parceria foi anunciada anteontem e inclui ecógrafos, máquinas de ultrassom com doppler e uma carreta com tomógrafo que vai percorrer a cidade. “A melhor coisa da carreta é que eu posso mandá-la para um lugar que esteja com a fila um pouco maior”, disse Pollara.

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Sobre a próxima etapa do programa Corujão da Saúde, que vai atender pacientes na fila de espera por cirurgia, o secretário afirmou que serão 79 000 usuários atendidos nas quatro fases do programa, previstas para durar quatro meses cada uma.

A primeira fase, que deve começar ainda neste mês, será de cirurgias gerais e ginecológicas que necessitam de internação. Nesta etapa, serão 26 000 pacientes beneficiados.

A segunda fase será de cirurgias ambulatoriais, com 30 000 doentes atendidos, enquanto a terceira será de intervenções urológicas, com fila de 3 000 pacientes. Por fim, na quarta etapa, serão realizadas cerca de 20 000 cirurgias ortopédicas.

Esta fase, segundo o secretário, será a última porque a gestão ainda precisa negociar a compra de órteses e próteses para colocação nos pacientes que necessitam. Ao contrário do que ocorreu nos exames do Corujão, as cirurgias não serão feitas em parceria com hospitais privados.

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