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Polícia descobre rinha que fazia churrasco com cães mortos após duelos

Operação da Polícia Civil encontrou evento internacional na Grande São Paulo e prendeu quarenta pessoas

Por Guilherme Queiroz
Atualizado em 16 dez 2019, 15h00 - Publicado em 16 dez 2019, 14h45
Rinha de cães em Mairiporã: quarenta pessoas detidas (Reprodução R7/ Polícia Civil do Paraná/Divulgação)
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A Polícia Civil do Paraná deteve quarenta pessoas em uma rinha de cães em Mairiporã, município da Grande São Paulo, na noite de sábado (14). No local, os policiais resgataram dezenove cães da raça pit bull, que, segundo o órgão, estavam extremamente machucados.

De acordo com a polícia, os animais que morriam após os confrontos eram assados e servidos como churrasco para os participantes do evento. No local, se realizava uma competição internacional de rinha de cães, que contava com um juiz norte-americano. Além das apostas físicas, grupos on-line também acompanhavam as lutas.

Médicos, veterinários, cinco estrangeiros e um policial militar estão entre os quarenta que foram apreendidos pelos agentes. Foram encontrados cerca de 47 000 reais no endereço. A investigação começou com um criador e um treinador de pit bulls de Curitiba e São José dos Pinhais, no Paraná. A Polícia Civil seguiu os homens até Mairiporã e solicitou, então, apoio de agentes de São Paulo.

Ao todo, a operação contou com 100 homens. Em áudio enviado pela assessoria de imprensa do órgão para a reportagem, o delegado responsável pelo caso, Matheus Loiola, descreveu o cenário encontrado. “No momento em que nós adentramos o recinto, dois cachorros estavam se pegando. Tinha um americano da Califórnia que era o juiz. Uma cena de terror”, lembra.

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Cenas fortes!!! Vejam até onde o ser humano é capaz de ir. Tenho 13 anos de Polícia e nunca me emocionei tanto em uma operação como essa. Triste demais 🥺🥺🥺🥺🥺 Amanhã de manhã, coletiva de imprensa na DPMA

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“Tinha cachorro morto, machucado, o que era morto era assado para eles comerem. A médica veterinária, quando chegou perto (do churrasco) e falou que era cachorro, a gente não acreditou. Tinha garfo e faca, ou seja, não era para o cachorro, era para eles se alimentarem”, descreve o delegado.

Loiola falou sobre o estado de saúde dos animais. “Estavam passando muita fome e, quando a gente dava um pouco de comida, água, eles ficavam desesperados. Fazia dias que eles não comiam nem bebiam nada.”

A operação ilegal se mostrava sofisticada. “Era uma rinha internacional. Ano passado foi na República Dominicana, esse ano no Brasil, e ano que vem provavelmente em outro país. Eles eram extremamente organizados. As camisetas do evento tinha a pesagem de cada animal.”

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“Invadimos o local aproximadamente 9h da noite. Ficamos até 4h da manhã.” Os homens foram enquadrados nos crimes de formação de quadrilha, maus-tratos aos animais e por manterem prática de jogos de azar.

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