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Faculdade de Filosofia da USP critica prisão de aluno durante aula

Segundo a Polícia Civil, estudante detido é suspeito de cometer crimes de pedofilia na internet

Por Guilherme Queiroz
28 mar 2019, 19h53
USP FFLCH
 (Divulgação/Veja SP)
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Na manhã desta quinta-feira (28), a Polícia Civil e o Ministério da Justiça deflagraram a quarta edição da Operação Luz na Infância, que cumpriu mandatos de busca e apreensão em todo o país contra suspeitos de cometerem crimes de pedofilia na internet. Um dos alvos da ação, um estudante da Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, foi preso durante uma aula dentro do prédio da instituição na Cidade Universitária, na Zona Oeste, o que provocou críticas de colegas e da própria faculdade.

Uma nota divulgada pela FFLCH afirma que os “policias civis uniformizados e fortemente armados entraram em salas de aula para buscar um aluno acusado de crime potencialmente grave”. E questiona: “Por que o aluno não foi preso na sua residência, como seria típico de um flagrante? Para que interromper aulas com armas à vista?”.

Em outro trecho, o texto da faculdade diz: “Não vamos aceitar calados que a imagem da FFLCH-USP e a autonomia desta instituição sejam violados por ações injustificáveis”.

Alunos também publicaram relatos nas redes sociais. “A polícia não sabia nem a sala do cara. Foram em várias pedindo que o professor mostrasse a lista de presença. É intimidação que chama?”, escreveu um dos presentes no momento da ação.

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O delegado geral da Polícia Civil, Ruy Ferraz Fontes, justificou a ação afirmando que “o alvo era móvel”, e que não haviam informações sobre a residência do suspeito. “Se [a operação] foi abusiva, tomaremos providências cabíveis. Do nosso ponto de vista, eles utilizaram a força necessária para conter o indivíduo, que não reagiu”.

O delegado informou ainda que a “prisão foi realizada com cuidado”, e que o telefone celular do detido, que continha provas do envolvimento do suspeito nos crimes de pedofilia, apreendido. A operação mobilizou 458 policias em todo o estado e prendeu um total de 63 pessoas.

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