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Herança de R$ 128 mi de Paulo Maluf será usada para indenizar São Paulo, diz TJSP

Desembargador negou recurso apresentado pelo político

Por Agência Brasil
Atualizado em 23 Maio 2024, 10h03 - Publicado em 1 set 2020, 16h01
O ex-deputado federal Paulo Maluf aparece sentado em cadeira e em frente a balcão com telas de computador.
O ex-deputado federal Paulo Maluf (Wilson Dias/Agência Brasil/Divulgação)
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O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) manteve a penhora do patrimônio de R$ 128,6 milhões, herdado pelo ex-deputado federal e governador de São, Paulo Maluf, de sua mãe. O desembargador Carlos Otávio Bandeira Lins, da 8ª Câmara de Direito Público, negou recurso apresentado pelo político, também ex-prefeito da capital paulista, de 1993 a 1996.

Em nota, TJSP informou que a quantia será usada para indenizar a cidade de São Paulo visando cobrir verbas usadas irregularmente por Maluf durante sua gestão municipal. Nos autos do processo, menciona-se que Maluf foi condenado, em ação popular, por utilizar o símbolo de sua campanha em programas e uniformes de funcionários de órgãos públicos.

Sustento

Para Bandeira Lins, o recurso não se sustenta, por não haver provas de que o ex-prefeito ou sua família necessitaria do valor para sustento. “A impenhorabilidade absoluta de certos bens e rendas tem como objetivo a garantia do patrimônio mínimo, de modo a assegurar que a execução de dívida encontre limite na dignidade pessoal do devedor. Não se comprova nos autos que este seja o caso em debate”, afirmou o magistrado.

Acrescentou que “mais do que recomposição do erário, a extensão da condenação ao patrimônio pessoal ‘atende ao interesse público de efetivação das sanções de cunho patrimonial àqueles que praticam atos em detrimento dos mores republicanos, externando sob essa forma a reprovabilidade da conduta e desestimulando a respectiva reiteração”, complementou o tribunal, em nota.

Em fevereiro deste ano, a prefeitura de São Paulo recebeu R$ 34,9 milhões de recursos desviados na gestão de Paulo Maluf, que seriam destinados ao custeio de obras da Avenida Água Espraiada – atual Avenida Jornalista Roberto Marinho – e do Túnel Ayrton Senna. No caso, estavam envolvidas as empresas Durant e Kildare.

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A Agência Brasil solicitou posicionamento da defesa de Maluf sobre a decisão em torno da penhora e aguarda retorno.

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