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Pedágio urbano: fora da pauta das eleições

Medida não está nos planos da maioria dos principais candidatos à prefeitura. Apenas dois são favoráveis

Por Claudia Jordão e Maria Paola de Salvo (de Londres)
Atualizado em 5 dez 2016, 17h05 - Publicado em 16 jun 2012, 00h51

Veja abaixo a opinião de cada um dos principais candidatos à prefeitura sobre o pedágio urbano.

+ Pedágio urbano: o exemplo de Londres

+ Pedágio urbano: em cada metrópole, de um jeito

José Serra (PSDB): “Antes de discutir a questão, é preciso que São Paulo duplique ou triplique o sistema de transportes sobre trilhos. O pedágio funciona hoje, por exemplo, em Londres, onde a oferta de transportes é imensa. Na nossa cidade, a implantação seria uma punição à população que precisa ir ao centro. Sou favorável a melhorar o transporte público e estimular o uso de bicicletas.”

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Fernando Haddad (PT): “Não adianta aumentar a restrição ao transporte individual se você não ampliar a oferta de transporte coletivo. Vamos trabalhar para dar opções para o paulistano deixar o carro em casa. Uma das medidas é a criação de mais vias exclusivas para o transporte coletivo e a reordenação das linhas existentes.”

Gabriel Chalita (PMDB): “O problema é que o transporte público de São Paulo, hoje, não é boa opção. Em primeiro lugar, é preciso dar um pouco mais de racionalidade à gestão do trânsito. A cidade tem três tipos de semáforo que não conversam entre si. Quando chove, é comum que eles parem de funcionar. E não é questão de tecnologia, pois os radares continuam operando.”

Celso Russomanno (PRB): “O pedágio só beneficiaria quem tem dinheiro, porque os ricos pagam sem problemas. Para melhorar a mobilidade urbana, podemos criar polos de emprego na periferia, como os call centers, oferecendo descontos no pagamento do ISS. Dessa forma, diminuímos a necessidade de deslocamento.”

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Paulinho da Força (PDT): “É um erro punir o cidadão com mais um custo, uma vez que não é dada a ele uma alternativa de transporte público digno e de qualidade. Precisamos criar empregos na periferia, construir corredores de ônibus nas marginais, ampliar o metrô, incentivando o uso de bicicletas e táxi.”

Soninha Francine (PPS): “Sou a favor — e acho que vai chegar o dia em que todo mundo será. Congestionamento sai caríssimo para cada um e para a cidade toda. No centro, o espaço viário é mais escasso e disputado; ao mesmo tempo, é a região mais bem servida de transporte público.”

Netinho de Paula (PCdoB): “Eu começaria a implantar em um ano. Acho necessário que o poder público enfrente o problema da mobilidade urbana de forma responsável. Também defendo a ideia de que, junto com a implantação do pedágio urbano, tenhamos o transporte gratuito na região central.”

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