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Duas peças chilenas fazem apresentações em São Paulo

Espetáculos que estavam em Santos são encenados entre os dias 19 de setembro e 11 de novembro

Por Rafael Argemon
Atualizado em 5 dez 2016, 16h54 - Publicado em 18 set 2012, 21h37

Após participação na segunda edição do Mirada – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas de Santos, na semana passada, três espetáculos sobem a serra para estrear nos palcos paulistanos. Dois deles são chilenos – “Gêmeos” (Gemelos) e “El Olivo” – e um brasileiro, mas com direção do russo Adolf Shapiro: “Pais e Filhos”.

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Com apresentações nos dias 19 e 20 de setembro no Sesc Consolação, “Gêmeos” (“Gemelos”), baseada na obra da escritora húngara Agota Kristof, conta a história de dois irmãos que são forçados a encarar a dura vida camponesa em um país não identificado do Leste Europeu quando sua mãe os deixa aos cuidados da avó, uma mulher hostil conhecida como ‘a bruxa’.

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As crianças se vêm obrigadas a sobreviver em um lugar afundado nos horrores da Segunda Guerra Mundial, onde vão encarar dor, fome, abandono, abusos, corrupção, morte e finalmente sua própria separação.

Já a peça “El Olivo”, em cartaz nos dias 19 e 20 de setembro no Sesc Belenzinho, mostra um grupo de pessoas reunidas em um bar do sul do Chile que perderam seus sonhos e esperanças. Elas acabam sabendo sobre a visita inesperada de um sobrevivente do navio Caleuche (uma lenda típica do país), evento que despertará a nostalgia dos personagens em uma celebração do vazio e do desconsolo.

Apresentada como um ensaio aberto em Santos, “Pais e Filhos” estreia como um espetáculo propriamente dito no dia 28 de setembro no Sesc Pompeia. Adaptação do romance homônimo do escritor russo Ivan Turguêniev, a peça retrata a história do niilista – termo que se popularizou com o livro – Bazárov e seu amigo Arkadi, que em uma viagem pelo interior da Rússia têm de encarar escolhas em que ideologias conservadoras e modernas se opõem.

Convidado pela brasileira Mundana Companhia, o diretor russo Adolf Shapiro foi aluno de Maria Knébel, uma atriz discípula do mestre Constantin Stanislavski, que criou um modelo de interpretação que se tornou um dos pilares da encenação contemporânea.

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