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Manifestantes entram em confronto novamente com a polícia

Grupo protesta contra o aumento das tarifas do transporte público

Por João Batista Jr. e Juliana Deodoro
Atualizado em 5 dez 2016, 15h55 - Publicado em 11 jun 2013, 14h03

Mais um ato contra o aumento das tarifas de ônibus, metrô e trem termina em depredação, fogo, bombas de efeito moral, balas de borracha e gás de pimenta. Na noite desta terça-feira (11), manifestantes e policiais entraram em conflito nas ruas da região central. Outra ação está programada para acontecer na próxima quinta-feira (13), a partir das 17h,  em frente ao Teatro Municipal.

Segundo policial do patrulhamento de rua, de 10 000 a 12 000 pessoas participaram do ato. Mas representantes do grupo que organizou o ato registraram 15 000 pessoas.Responsável pela operação, o coronel Marcelo Pignatari disse que pelo menos dez manifestantes foram detidos. O Ministério Público de São Paulo realiza nesta quarta-feira (12) uma reunião a partir das 14h com representantes dos grupos contra o aumento da tarifa e das Secretarias Estadual e Municipal de Transportes

Confusão

Nesta terça, a confusão começou no Terminal Parque Dom Pedro II. Apesar do bloqueio, alguns participantes conseguiram entrar. Segundo a PM, eles tentaram atear fogo em alguns veículos. Com isso, homens do Choque e da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) revidaram com bombas de efeito moral, balas de borracha e gás de pimenta. Do outro lado, representantes do Movimento Passe Livre afirmaram que só queriam entrar para finalizar a manifestação. Mas, como a entrada foi bloqueada, ficou difícil mobilizar a multidão para retornar. 

Após a confusão no terminal, os manifestantes se dividiram em grupos. Alguns promoveram depredação e pichação por onde passavam, quebrando lixeiras e até mesmo vidros de agências bancárias. Além disso, atearam fogo em uma barricada na Rua Senador Feijó. Policiais entraram em conflito com eles também na Praça da Sé.

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Antes mesmo de chegarem no Terminal Parque Dom Pedro II, alguns manifestantes depredaram e atearam fogo em um ônibus na Avenida Rangel Pestana, além de picharem outros coletivos e também muros. Era possível encontrar sinalizadores como os utilizados em jogos de futebol.

O protesto começou por volta das 17h45, quando as pessoas deixaram a Avenida Paulista e seguiram pela Rua da Consolação. Por causa da forte chuva no início do ato, alguns participantes procuraram abrigo e ficaram pelo caminho. Entretanto, a maioria continuou caminhando. 

Aos gritos de “São Paulo parou”, eles interditavam as vias por onde passavam. O ato organizado pelo Movimento Passe Livre contou também com a participação de representantes do Sindicado dos Metroviários.

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No início o grupo prometeu seguir para a Câmara Municipal, depois resolveu ir para a Prefeitura. Entretanto, acabou mesmo no Terminal Parque Dom Pedro II. 

Pignatari disse que todos os atos de vandalismo foram contidos e que a manifestação terminou no Masp. Entretanto, novo confronto aconteceu no local e a via foi totalmente ocupada. Homens do Batalhão de Choque jogaram bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes, que destruíram a entrada do Metrô Trianon-Masp. 

Segundo Pignatari, 400 policiais acompanharam o protesto, além do helicóptero da PM e um caminhão do Corpo de Bombeiros. A segurança contou posteriormente com o reforço dos homens do Batalhão de Choque e da Rota.

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No período da tarde, duas outras manifestações ocorreram simultaneamente no vão livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo). De um lado, policiais civis protestaram contra o governo. Do outro estavam servidores da saúde estadual em greve. Apesar dos eventos acontecerem simultaneamente, nenhum problema foi registrado. Apenas uma faixa da avenida foi interditada, sem bloquear totalmente o trânsito de veículos.

Outros atos

Na última semana, o Movimento Passe Livre realizou dois atos. No primeiro, na última quinta-feira (6), os participantes entraram em confronto com a Polícia Militar, que utilizou bombas de efeito moral e balas de borracha para conter manifestantes no entorno da Avenida Paulista. Ônibus, placas de sinalização e estações do Metrô foram depredados.

Já na sexta-feira (7), cerca de 5 mil pessoas participaram de nova manifestação contra aumento da passagem de ônibus. Durante o protesto, que começou e terminou no Largo da Batata, os policiais utilizaram bombas de efeito moral para evitar a ocupação de algumas vias, com a Marginal Pinheiros. 

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Causa

Os protestos começaram logo após o reajuste da passagem de ônibus, metrô e trens de R$ 3,00 para R$ 3,20, no domingo (2). A tarifa não sofria alterações desde janeiro de 2011. A cota de junho para estudantes já será calculada com base no valor de R$ 1,60, o equivalente à metade do novo bilhete.

Publicada no Diário Oficial do último dia 25 de maio, a decisão do prefeito Fernando Haddad decretou um reajuste de 6,67%. Se fosse aplicada a inflação do período, a tarifa cheia chegaria a R$ 3,40.

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