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Responsáveis por ONG de proteção ao animais são presas por estelionato

Polícia Civil descobriu o caso após trio comunicar na internet um assalto que não teria ocorrido em nova sede da entidade, em Alagoas

Por Mariana Rosario Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 Maio 2024, 15h49 - Publicado em 5 jul 2019, 18h41

A Polícia Civil de Alagoas prendeu em flagrante, nesta sexta (5), três responsáveis pela ONG Pata Solidária por estelionato, falsa comunicação de crime, organização criminosa e diversos delitos ambientais, incluindo maus-tratos. A entidade era seguida por 1,5 milhão de pessoas no Instagram.

O trio passou a levantar suspeitas da polícia após a comunicação de um roubo que teria ocorrido na sede da organização na quarta (3). Na postagem, elas afirmavam que teriam invadido um abrigo novo e levado tudo. “Até materiais de construção, roubaram até meu celular que estava na mão para tirar fotos para vocês. Estamos em pânico”, dizia a mensagem. Elas completavam afirmando que não tinham de onde tirar recursos para manter os animais e pediam que os seguidores ajudassem. Ao fim, listavam cinco contas correntes e mais vaquinhas on-line para que as doações fossem feitas.

Então, diversos seguidores passaram a marcar os delegados Bruno Lima, também deputado estadual de São Paulo, e Leonam Pinheiro, de Alagoas. “Eu me dispus a ajudar, mas a entidade não me procurou”, diz Lima. Ele garante que as mulheres utilizariam o dinheiro arrecadado em benefício próprio.

Após o registro de um boletim de ocorrência, descobriu-se que o assalto, na verdade, não ocorreu, segundo a polícia. “Elas chegaram a relatar que um crime muito semelhante a esse teria ocorrido em 2017, estavam tentando contar a mesma história novamente”, comenta Pinheiro. “O local onde elas disseram que teria ocorrido o crime não tinha qualquer estrutura para os animais.”

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O delegado de Alagoas, no entanto, garante que a ONG existe e que as moças, de fato, ajudam animais, “mas a sede tem tamanho bem menor que divulgado”. Uma das jovens relatou que o dinheiro doado para ajudar a ressarcir o falso roubo não foi movimentado. Em depoimento, houve a confirmação de que o assalto não ocorreu e que uma delas chegou a se machucar propositalmente para dar mais veracidade ao relato.

As responsáveis criaram uma outra vaquinha no começo do mês passado que atingiu a monta de cerca de 77 200 reais, de acordo com o site de arrecadação.

Nas redes sociais, voluntários e outros colaboradores da Pata Voluntária garantiram que há sim uma instituição que preza pelo cuidado dos animais, mas afirmam esperar mais “esclarecimentos”. Sobre os bichos que estão na sede original e os animais silvestres encontrados na casa de uma das suspeitas, o delegado explica que existe um trabalho para que sejam amparados pelo Ibama e por veterinários responsáveis.

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De acordo com autoridades policiais, o sigilo bancário será quebrado e as contas da organização, bloqueadas. A história foi recontada no Instagram da instituição. Os delegados garantem que as postagens foram autorizadas pelas acusadas.

https://www.instagram.com/p/Bzixo3LHZ-e/

 

 

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