“Totalmente Pastelão” diverte com humor simples
Espetáculo do Grupo Parlapatões conta a história de dois vagabundos e tem até torta na cara
Popularizado no picadeiro, no cinema, com os filmes mudos de Charles Chaplin, e nos antigos episódios de “Os Três Patetas”, o humor pastelão é um jeito simples de fazer comédia. Não exige piadas complexas nem um roteiro muito rico, apenas uma coreografia bem executada e situações cômicas.
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São justamente essas as características de “Totalmente Pastelão”, levado ao palco pelo grupo Parlapatões. Com texto e direção de Hugo Possolo, o espetáculo de pegada circense cumpre bem a proposta. Usando movimentos sincronizados e até as tradicionais tortas na cara, a montagem provoca risos em espectadores de qualquer idade.
Na trama, dois moradores de rua fazem traquinagens para conseguir comida. O malandro Chico Farofero (Alexandre Bamba), porém, decide deixar o trabalho duro para o outro, o tolo Resmelengo (Fabek Capreri). Uma das tarefas consiste em enganar a confeiteira italiana Dulcineia (Carmo Murano), que prepara delícias para o marido (Armando Júnior).
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Depois de furtar um pão de calabresa da ingênua senhora, a dupla traça um plano para pegar as tortinhas doces assadas por ela. Mas, muito guloso, Farofero exclui o parceiro da armação e resolve fazer tudo sozinho para ficar com os quitutes. Quando Resmelengo descobre, começa uma confusão capaz de transformar a confeitaria numa bagunça de morango e chantili para todos os lados.
Os quatro atores se divertem em cena e surpreendem ao arremessar tortas para a plateia (calma, ninguém vai se lambuzar) e ao dividir um pãozinho com quem quiser. Bem colocados, os momentos de interação contribuem para a graça da peça. A interpretação de Fabek Capreri como Resmelengo sobressai, mas o elenco também se mostra afiado.
AVALIAÇÃO ✪✪✪