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Parada do Orgulho LGBT revive clima de Carnaval em São Paulo

Evento reuniu dezenove trios elétricos e, segundo os organizadores, 3 milhões de pessoas

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 18 jun 2017, 19h38 - Publicado em 18 jun 2017, 19h32
Trio elétrico embala 21ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, na Avenida Paulista (Reinaldo Canato/VEJA.com/Veja SP)
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A capital paulista reviveu uma tarde de Carnaval neste domingo (18), durante a Parada do Orgulho LGBT. Seja a garrafa de catuaba na mão, a purpurina no rosto ou a fantasia de unicórnio e os maiôs, ao menos algum desses itens da folia de rua esteve presente em todos os grupos de amigos que acompanharam os trios elétricos que desfilaram nesta tarde na Rua da Consolação, lotada. A diferença mesmo foi a presença das bandeiras de arco-íris, símbolo do Orgulho LGBT.

A Avenida Paulista ficou bloqueada para carros desde as 8 da manhã, e deve ser liberada após a limpeza da via. Na Rua da Consolação, o trânsito será liberado de acordo com a saída da multidão, segundo a CET.

A Parada LGBT termina suas atividades no Vale do Anhangabaú, onde acontece neste momento o Show de Encerramento da manifestação do Orgulho LGBT. 

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Multidão na Avenida Paulista (Reinaldo Canato/VEJA.com/Veja SP)

Do axé à música eletrônica

A diversidade estava no público e também nos sons dos dezenove trios elétricos que participaram da festa. Além do axé de Daniela Mercury, que cantou ao vivo, os trios tocaram sertanejo, samba, funk (Deu Onda, sucesso do último Carnaval) e, principalmente, música eletrônica.

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Vinda do Ipiranga com amigos, a estudante Letícia Dantas, de 22 anos, disse que queria aproveitar a festa com o mesmo espírito com que foi ao Carnaval. “Tem a parte política, a luta contra o preconceito, a criminalização da homofobia. Mas lógico que tem a festa também, que é muito legal”, disse a jovem.

Assim como no Carnaval, foi possível observar com facilidade nas calçadas pessoas passando mal pelo excesso de bebida. Uma tenda para atendimento de quem exagerou estava montada na entrada do Cemitério da Consolação, mas os funcionários não quiseram revelar o número de atendimentos.

Lixo acumulado na Avenida Paulista: prefeitura promete limpeza ao final da festa (Reinaldo Canato/VEJA.com/Veja SP)
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Por outro lado, havia também muitos curiosos que foram só acompanhar a festa. “A parada é uma festa, mas também é para levar a mensagem da tolerância, do respeito. Por isso que a gente o trouxe”, disse a professora Marta de Souza, 39, se referindo ao filho de 5 anos, que estava vestido com uma camiseta do filme Mulher-Maravilha e brincava com uma menina do mesmo tamanho e fantasia de princesa.

Uma queixa do público foi a curta duração do show da cantora Anitta. “Não vim aqui ‘só’ para ver a Anitta, mas queria tê-la visto também”, contou o analista de cobrança Rubens Lima, 27. A cantora apresentou seis músicas em um dos trios no começo da tarde e depois saiu.

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